domingo, 16 de março de 2008

Estresse

Sentir-se pressionado pelas múltiplas tarefas do dia, enfrentar o congestionamento, a reestruturação na empresa. E os pensamentos que chegam junto não conseguem esperar em fila e começam a atrapalhar. Pensou em estresse? Pois dá para aliviar essa ansiedade sem remédios.
Texto: Kátia Stringueto
Ilustrações: Nik
É um caminho lógico. O que sofremos com o coração chega ao cérebro e afeta a área mais importante para a manutenção do bem-estar: o chamado cérebro emocional. Ele regula não só o equilíbrio psicológico mas também parte da fisiologia (músculo cardíaco, pressão arterial, hormônios, sistemas digestivo e imunológico). Daí, a maior vulnerabilidade a dores abdominais, gripes, aparecimento de herpes e, em casos mais sérios, depressão e ansiedade extrema.
A saída para esse quadro apertado, no entanto, ganhou novas portas e janelas. Estudos recentes comprovam que é possível aplicar, de leve, um freio fisiológico na ansiedade.

MAIS DO QUE CAMOMILA
Em maio último, mais uma pesquisa observou a atividade calmante da erva-cidreira, ou cidreira de folhas (Melissa officinalis). Ela é capaz de baixar a atividade do sistema nervoso e, com isso, reduzir sintomas como a insônia. É um efeito superior ao da camomila. “O chá feito com as folhas da cidreira tem ação ansiolítica. Já a camomila tranqüiliza mais o sistema digestivo”, distingue o fitoterapeuta e clínico geral João Bosco Guerreiro da Silva, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
O especialista informa que, embora o estresse seja popularmente definido como nervosismo, agitação e irritação, na verdade trata-se de uma situação de tensão que libera adrenalina e açúcar no sangue. Isso acontece toda vez que sentimos calor, frio, susto, medo. E passa. O problema é quando a causa do estresse é constante e o que ela provoca ao corpo também. “O estresse crônico – disparado por situações rotineiras, como o medo de assalto, bater o carro, perder o emprego – leva a um estado extremo de alerta e acaba promovendo um desgaste da energia química, física e emocional”, explica Guerreiro. “Nesse sentido, o que mais protege o organismo são os adaptógenos, plantas que ajudam a resistir melhor à tensão. O mais pesquisado sob esse aspecto é o ginseng ou as pfáffias (paniculata, irizenoide e glomerata, conhecidas como ginseng brasileiro)”, esclarece o pesquisador. Só é importante, antes de iniciar o tratamento com ginseng, descartar outras causas. “Quem estiver consciente de que seus sintomas têm uma causa emocional pode fazer uso do ginseng como um coadjuvante da boa saúde”, acrescenta.
Matéria REVISTA BONS FLUIDOS Editora Abril S.A.

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