sexta-feira, 30 de maio de 2008

ROMÃ


É tempo de ROMÃ
A fruta que alimenta simpatias populares e decora mesas em diversas celebrações, ainda mais nesta época do ano, agora é festejada até em laboratórios, graças à sua incrível capacidade de afastar doenças cardiovasculares e tumores
por REGINA CÉLIA PEREIRA | design ROBSON QUINAFÉLIX

UM CORTE DA FRUTA
Foi no quintal de sua casa, em Sorocaba, no interior paulista, que a menina Fernanda Archilla Jardini descobriu sua vocação para cientista. Fascinada com um pé de romã, ela tinha uns 12 anos quando cismou que, sob a casca, a fruta escondia atributos fantásticos. Passadas quase duas décadas, já farmacêutica e a caminho do doutorado, Fernanda foi incentivada por seu orientador na Universidade de São Paulo, o professor Jorge Mancini — um dos grandes expoentes nacionais na área da bioquímica —, a investigar a fantasia da infância. Isso já lhe rendeu muito trabalho. Quer dizer, trabalhos científicos. Um deles, por sinal, foi premiado no XX Congresso Brasileiro de Ciências e Tecnologia de Alimentos, que aconteceu há pouco mais de dois meses em Curitiba, no Paraná.
Ao utilizar a romã como base de um experimento em células intestinais, Fernanda notou sua excelente atuação contra tumores. "Algumas substâncias da fruta barram moléculas que danificam a estrutura celular, desencadeando o câncer", diz ela. A cientista atribui essa proteção principalmente a um trio de ácidos: o gálico, o elágico e o protocatequínico. Além deles, há doses concentradas de antocianinas — substâncias reconhecidamente anticancerígenas que, aliás, lhe conferem a cor avermelhada. Esse poderoso mix já chama a atenção de outros cientistas do Brasil e de diversos centros de pesquisa mundo afora. "Estudos também associam a romã à diminuição do risco do câncer de próstata", conta a engenheira de alimentos Gláucia Pastore, professora da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. Nos Estados Unidos, um trabalho da Universidade de Wisconsin feito em ratos com esse tumor mostra que o extrato da fruta ajuda a brecar a multiplicação das células malignas.

IMAGEMTXT1. POLPA - As sementes são como verdadeiras jóias guardadas em cápsulas. Belas e aromáticas, retêm a maior parte dos compostos benéficos.
2. MESOCARPOA - parte branca que envolve a polpa concentra montes e montes de tanino, uma substância com potente ação adstringente. Não é aconselhável ingeri-la, já que o sabor não é nada agradável.
3. A CASCA - Há dois tipos de romã: a amarelada, originária do Oriente Médio e facilmente encontrada por aqui, e a rosada, que surgiu no Canadá e é menos abundante em terras brasileiras. Ambas são igualmente ricas em nutrientes.


ARTÉRIAS BLINDADAS
Outras experiências atribuem ao fruto da romãzeira uma proteção maior contra males cardiovasculares. Nessa linha, uma das descobertas mais recentes foi publicada no periódico científico Atherosclerosis, da Sociedade Européia de Aterosclerose, com sede na Suécia: a romã ajuda a reduzir os teores de colesterol. Médicos examinaram os níveis da gordura no sangue de 20 voluntários, antes e após o consumo diário do suco da fruta, e, assim, notaram que houve uma significativa queda do LDL, a fração do colesterol associada ao entupimento dos vasos.
Os benefícios para o peito não param por aí. "Há indícios de que os ácidos gálico e elágico defendam a parede interna dos vasos, que nós chamamos de endotélio", diz Fernanda Archilla. No final das contas, a dupla diminui a probabilidade de surgirem os temidos infarto e derrame.
Em outra de suas investidas, Fernanda Archilla deparou com moléculas chamadas ácidos graxos punícicos. "Essa designação deriva do nome científico da romã, Punica granatum", explica. Os ácidos graxos só enfatizam a crença de que o fruto é mesmo capaz de dar um chega-pra-lá em males do coração. Isso porque estão ligados à diminuição das taxas de colesterol.
Para os cientistas, o fato de a romã reunir tantas substâncias benéficas não é mera coincidência, e sim conseqüência direta das adversidades de clima que seu pé enfrenta no habitat nativo. "Por ser natural de áreas praticamente desérticas, teve que se adaptar às mudanças bruscas de temperatura", conta Fernanda Archilla. Os componentes antioxidantes, no caso, serviriam para minimizar os danos da variação entre o calor escaldante do dia e o frio extremo da noite. Assim como o bom estoque de gorduras em suas sementes. Sem essa química, a germinação se tornaria difícil e a espécie simplesmente desapareceria do mapa. Apesar de tantas qualidades, não é recomendável exagerar no consumo. É que a fruta concentra alguns componentes que podem atrapalhar a absorção de nutrientes e até mesmo causar desconforto gástrico.
Para contornar esses transtornos, vale apelar para alguns truques. Na preparação do suco, por exemplo, a sugestão é juntar água para que fique menos concentrado. Outro jeito de ingerir a fruta em pequenas porções é salpicá-la em saladas e usá-la como ingrediente de molhos, inclusive para sobremesas. "Mas, atenção, os componentes da romã só se conservam se ela ficar pouco tempo no fogo", ensina a nutricionista Cynthia Antonaccio, de São Paulo. Aliás, é claro que a fruta in natura é uma ótima pedida. "A romã é sempre muito bem-vinda em festas. Afinal, o tempo que a gente leva para separar as sementes e comêlas nos impede de atacar outras delícias calóricas", brinca a nutricionista Neide Rigo, da capital paulista.


ENFEITE DE QUINTAL
Originária do Oriente Médio, a romãzeira veio parar no Brasil pelas mãos dos portugueses. A árvore, que pode atingir até 7 metros, gosta de clima quente. Por essa razão se deu bem em várias regiões do país. Infelizmente ainda aparece mais no jardim do que em copos e pratos. "Muita gente nunca experimentou a romã", lamenta a farmacêutica Fernanda Archilla. Geralmente a frutificação acontece entre os meses de setembro e fevereiro. Portanto, se você se animar, esta é a hora.H

IMAGEMTXTFRUTO PRÓSPERO
A quantidade de sementes que se acumulam na polpa da romã explica por que se tornou símbolo de prosperidade. Na Grécia antiga, as mulheres costumavam ingeri-la em cerimônias religiosas para evocar fertilidade e fartura. Aqui no Brasil, no Dia de Reis, que é celebrado em 6 de janeiro, existe o costume de chupar meia dúzia de sementes e guardar os caroços na carteira para garantir dinheiro o ano todo. Em tempos difíceis tudo é válido. Boa sorte!

Confira abaixo a receita criada pela nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição:

Parfait de romã
Rende 2 porções

Ingredientes
1 pote de iogurte natural desnatado
1 envelope de gelatina sem sabor incolor
4 romãs
3 colheres de sopa de
adoçante em pó para culinária
4 colheres de sopa de ricota

Modo de preparo
Prepare a gelatina conforme as instruções da embalagem. Misture com a ricota passada na peneira, o cream cheese e 1 colher do adoçante. Mexa bem para formar um creme homogêneo. Coloque-o em taças e ponha para gelar por três horas. Para a cobertura leve a polpa da romã ao fogo com as outras 2 colheres do adoçante por poucos minutos, o suficiente para encorpar. Espere esfriar e despeje sobre as taças.
1 colher de sopa de cream cheese light

Mais receitas
2
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UM CORTE DA FRUTA
Foi no quintal de sua casa, em Sorocaba, no interior paulista, que a menina Fernanda Archilla Jardini descobriu sua vocação para cientista. Fascinada com um pé de romã, ela tinha uns 12 anos quando cismou que, sob a casca, a fruta escondia atributos fantásticos. Passadas quase duas décadas, já farmacêutica e a caminho do doutorado, Fernanda foi incentivada por seu orientador na Universidade de São Paulo, o professor Jorge Mancini — um dos grandes expoentes nacionais na área da bioquímica —, a investigar a fantasia da infância. Isso já lhe rendeu muito trabalho. Quer dizer, trabalhos científicos. Um deles, por sinal, foi premiado no XX Congresso Brasileiro de Ciências e Tecnologia de Alimentos, que aconteceu há pouco mais de dois meses em Curitiba, no Paraná.
Ao utilizar a romã como base de um experimento em células intestinais, Fernanda notou sua excelente atuação contra tumores. "Algumas substâncias da fruta barram moléculas que danificam a estrutura celular, desencadeando o câncer", diz ela. A cientista atribui essa proteção principalmente a um trio de ácidos: o gálico, o elágico e o protocatequínico. Além deles, há doses concentradas de antocianinas — substâncias reconhecidamente anticancerígenas que, aliás, lhe conferem a cor avermelhada. Esse poderoso mix já chama a atenção de outros cientistas do Brasil e de diversos centros de pesquisa mundo afora. "Estudos também associam a romã à diminuição do risco do câncer de próstata", conta a engenheira de alimentos Gláucia Pastore, professora da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. Nos Estados Unidos, um trabalho da Universidade de Wisconsin feito em ratos com esse tumor mostra que o extrato da fruta ajuda a brecar a multiplicação das células malignas.

IMAGEMTXT1. POLPA - As sementes são como verdadeiras jóias guardadas em cápsulas. Belas e aromáticas, retêm a maior parte dos compostos benéficos.
2. MESOCARPOA - parte branca que envolve a polpa concentra montes e montes de tanino, uma substância com potente ação adstringente. Não é aconselhável ingeri-la, já que o sabor não é nada agradável.
3. A CASCA - Há dois tipos de romã: a amarelada, originária do Oriente Médio e facilmente encontrada por aqui, e a rosada, que surgiu no Canadá e é menos abundante em terras brasileiras. Ambas são igualmente ricas em nutrientes.


ARTÉRIAS BLINDADAS
Outras experiências atribuem ao fruto da romãzeira uma proteção maior contra males cardiovasculares. Nessa linha, uma das descobertas mais recentes foi publicada no periódico científico Atherosclerosis, da Sociedade Européia de Aterosclerose, com sede na Suécia: a romã ajuda a reduzir os teores de colesterol. Médicos examinaram os níveis da gordura no sangue de 20 voluntários, antes e após o consumo diário do suco da fruta, e, assim, notaram que houve uma significativa queda do LDL, a fração do colesterol associada ao entupimento dos vasos.
Os benefícios para o peito não param por aí. "Há indícios de que os ácidos gálico e elágico defendam a parede interna dos vasos, que nós chamamos de endotélio", diz Fernanda Archilla. No final das contas, a dupla diminui a probabilidade de surgirem os temidos infarto e derrame.
Em outra de suas investidas, Fernanda Archilla deparou com moléculas chamadas ácidos graxos punícicos. "Essa designação deriva do nome científico da romã, Punica granatum", explica. Os ácidos graxos só enfatizam a crença de que o fruto é mesmo capaz de dar um chega-pra-lá em males do coração. Isso porque estão ligados à diminuição das taxas de colesterol.
Para os cientistas, o fato de a romã reunir tantas substâncias benéficas não é mera coincidência, e sim conseqüência direta das adversidades de clima que seu pé enfrenta no habitat nativo. "Por ser natural de áreas praticamente desérticas, teve que se adaptar às mudanças bruscas de temperatura", conta Fernanda Archilla. Os componentes antioxidantes, no caso, serviriam para minimizar os danos da variação entre o calor escaldante do dia e o frio extremo da noite. Assim como o bom estoque de gorduras em suas sementes. Sem essa química, a germinação se tornaria difícil e a espécie simplesmente desapareceria do mapa. Apesar de tantas qualidades, não é recomendável exagerar no consumo. É que a fruta concentra alguns componentes que podem atrapalhar a absorção de nutrientes e até mesmo causar desconforto gástrico.
Para contornar esses transtornos, vale apelar para alguns truques. Na preparação do suco, por exemplo, a sugestão é juntar água para que fique menos concentrado. Outro jeito de ingerir a fruta em pequenas porções é salpicá-la em saladas e usá-la como ingrediente de molhos, inclusive para sobremesas. "Mas, atenção, os componentes da romã só se conservam se ela ficar pouco tempo no fogo", ensina a nutricionista Cynthia Antonaccio, de São Paulo. Aliás, é claro que a fruta in natura é uma ótima pedida. "A romã é sempre muito bem-vinda em festas. Afinal, o tempo que a gente leva para separar as sementes e comêlas nos impede de atacar outras delícias calóricas", brinca a nutricionista Neide Rigo, da capital paulista.
ENFEITE DE QUINTAL
Originária do Oriente Médio, a romãzeira veio parar no Brasil pelas mãos dos portugueses. A árvore, que pode atingir até 7 metros, gosta de clima quente. Por essa razão se deu bem em várias regiões do país. Infelizmente ainda aparece mais no jardim do que em copos e pratos. "Muita gente nunca experimentou a romã", lamenta a farmacêutica Fernanda Archilla. Geralmente a frutificação acontece entre os meses de setembro e fevereiro. Portanto, se você se animar, esta é a hora.H

IMAGEMTXTFRUTO PRÓSPERO
A quantidade de sementes que se acumulam na polpa da romã explica por que se tornou símbolo de prosperidade. Na Grécia antiga, as mulheres costumavam ingeri-la em cerimônias religiosas para evocar fertilidade e fartura. Aqui no Brasil, no Dia de Reis, que é celebrado em 6 de janeiro, existe o costume de chupar meia dúzia de sementes e guardar os caroços na carteira para garantir dinheiro o ano todo. Em tempos difíceis tudo é válido. Boa sorte!

Confira abaixo a receita criada pela nutricionista Cynthia Antonaccio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição:

Parfait de romã
Rende 2 porções

Ingredientes
1 pote de iogurte natural desnatado
1 envelope de gelatina sem sabor incolor
4 romãs
3 colheres de sopa de
adoçante em pó para culinária
4 colheres de sopa de ricota

Modo de preparo
Prepare a gelatina conforme as instruções da embalagem. Misture com a ricota passada na peneira, o cream cheese e 1 colher do adoçante. Mexa bem para formar um creme homogêneo. Coloque-o em taças e ponha para gelar por três horas. Para a cobertura leve a polpa da romã ao fogo com as outras 2 colheres do adoçante por poucos minutos, o suficiente para encorpar. Espere esfriar e despeje sobre as taças.
1 colher de sopa de cream cheese light

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Carqueja

(Baccharis trimera)

Descrição
Carqueja é uma planta perene(vive mais de 2 anos) nativa da Amazônia, sendo encontrada em regiões tropicais Brasil, Peru, Colômbia e também na Argentina, Paraguai e Uruguai. Pode atingir até 2 metros de altura, possui pedúnculos achatados que produzem flores diminutas e abundantes no topo, de coloração branca ou amarelada.

Indicações
A Carqueja é indicada para problemas do fígado e vesícula biliar como cálculos(pedras). Para problemas digestivos, úlcera, gastrite, má-digestão. A Carqueja purifica e desintoxica o sangue e fígado. Alguns estudos indicam que a Carqueja pode ser eficaz para diabetes, agindo na diminuição dos açúcares. Na medicina popular brasileira, também é usada nos casos de gripe, resfriados, diarréias, garganta inflamada, entre outras. Também é considerada como eficaz para diminuir a pressão.

Nome em inglês: não disponível

Carapiá

(Dorstenia brasiliensis, Dorstenia contrayerva)

Descrição
O Carapiá é nativo das regiões tropicais da América do Sul, sendo a espécie Dorstenia brasiliensis de origem brasileira. Trata-se de uma pequena planta, medindo cerca de 20 cm de altura, produz flores em formato de copo de coloração vermelho tendendo para o marrom. A parte utilizada na medicina popular é seu rizoma, pequeno, com cerca de 5 cm de comprimento por 1 cm de diâmetro, de cor avermelhada externamente e branca internamente, fibrosa, com odor aromático peculiar e sabor amargo, que amarra na boca.

Indicações
O Carapiá tem propriedades diaforéticas, ou seja, favoresce a perspiração abundante, indicada para afecções febris. O Carapiá também é indicado para disenteria e diarréia, constipação, cólicas, reumatismo, como diurético, estimulante do processo digestivo. O Carapiá já é conhecido na Europa há muitos anos; numa epidemia que devastou Londres no século XVII, a raíz de Carapiá foi documentada como parte de uma receita utilizada por um médico, Dr. Nathaniel Hodges.

Nome em inglês: Contrayerva

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Abacate

A polpa do abacate contém hidratos de carbono, gorduras, vitaminas (A, B, D, E, leatina) e sais minerais.
De sabor doce, levemente ácido e com característica refrescante, o abacate contém grande quantidade de gordura vegetal, principalmente de ácido graxo monoinsaturado, cuja ação é a de eliminar as lipoproteínas de alta densidade, que têm o efeito de manter e acumular o colesterol.
Por isso, o abacate tem ação anticolesterol, promovendo a limpeza do sangue.

O abacate é uma fonte de proteína vegetal, alimento construtor que participa na formação das estruturas do corpo (músculos, ossos, sangue, órgãos, vísceras), ajudando no crescimento e desenvolvimento corporal.
Ele exerce ação sobre o fígado, rins, aparelho digestivo e ajuda a combater os transtornos do reumatismo, artrite e gota.

Banana

A banana apresenta sabor doce, característica re- frescante e propriedade neutra. Possui elevado teor de hidrato de carbono, vitaminas BI, B2, A e C, sais minerais, proteínas, gorduras e caroteno.
Atua no sistema nervoso, nos músculos e no aparelho digestivo, eliminando radicais livres em excesso, fortalecendo as defesas do corpo e prevenindo as infecções pelo alto teor de potássio.
A banana promove o bom funcionamento do coração, evitando alterações do ritmo cardíaco e eliminando o excesso de sódio, que retém a água e origina uma das formas de hipertensão arterial.

Maçã

A maçã, além de nutritiva, é rica em vitaminas e em pectina, que estimulam e regulam as funções orgânicas, desintoxicando e fortalecendo o organismo.
Seu consumo diminui a taxa de colesterol, a formação de cálculos biliares e ajuda no processo de emagrecimento, pois o alto teor de potássio faz eliminar o sódio excedente e, conseqüentemente, o excesso de água retida no corpo.
O potássio é um elemento insubstituível na fisiologia do coração. A maçã evita a deposição de gorduras na parede arterial, evitando a arteriosclero-se. Com isso, melhora a circulação sangüínea, reduzindo o trabalho cardíaco, prolongando a saúde do coração.

Laranja

A laranja é constituída de água, glicose, vitaminas A, B, C, ácidos cítricos, sais minerais, proteínas e fibras.
Suas propriedades realimentam e regeneram as defesas orgânicas.
Harmoniza o trânsito do sistema digestivo, aumenta a digestão e ajuda a combater o empachamento gástrico causado pela alta concentração de água e sais minerais no organismo.
Diurética, a laranja age promovendo a limpeza do sangue.

Ervas Medicinais:


Para inflamação das gengivas e contra bronquite Chá de folhas da mangueira Ingredientes: 15 folhas de mangueira 1/2 litro de água Mel para adoçar Modo de fazer; 1) Lave bem as folhas.

Mamão

O mamão é rico em hidratos de carbono, proteínas, fibras, mucilagem, vitaminas A, B 1, B2, B5, E, C, sais minerais, fósforo, cálcio, ferro e papaína (enzima da vitalidade e do fortalecimento do sistema imunológico).

Esta fruta é excelente para repor as grandes perdas de energia.
A presença de papaína, fibras e mucilagem representa uma grande ação benéfica em todo o sistema orgânico.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Alecrim - Uso Como Especiaria e Medicinal e seu Cultivo


Rosmarinus oficinalis

Taxonomia - USP

ALECRIM

http://www.ciagri.usp.br/planmedi/pm0634.htm

Familia : LAMIACEAE

Nome Cientifico:ROSMARINUS OFFICINALIS L.

Não confunda com o nome popular da árvore

O alecrim é originário da Costa do Mar Mediterrâneo. É também conhecido pelo nome de "Rosmarinus" que lembra a denominação latina "ros marinus" - "rosa do mar".

Para os romanos esta planta simbolizava o amor e a morte e por isto era plantada próximo à soleira das portas das casas. A igreja católica também o usava nos seus rituais, queimando-o como incenso.

Até hoje diz-se que o alecrim é um excelente amuleto contra o "mal olhado".

Na culinária é recomendado para carnes de porco, cabrito carneiro e peixe. É usado também para aromatizar vinagres e óleos.

Observação: Por ter um sabor muito forte, deve ser usado com moderação.

CURIOSIDADE:
Alguns raminhos de alecrim jogados sobre as brasas enquanto se faz churrasco, deixa a carne com um aroma delicioso.

ERVAS

Alecrim

(também conhecida como alecrim-de-jardim e alecrim-rosmarino) – Erva de um verde intenso, folhas espinhosas e sabor forte. Pertence à família das labiadas, é aromática e suas flores têm propriedades estimulantes. Podem ser encontradas frescas ou desidratadas. O alecrim concentra mais seu sabor quando não está fresco. Neste caso, é recomendável usar uma quantidade menor. Tanto o ramo quanto suas folhas longas podem ser adicionadas às comidas. Sempre devem ser retiradas do prato antes deste ser servido. Excelente ingrediente para carnes, como cordeiro, frango assado, vitela, porco, carne vermelha e peixes.
Em espanhol: romero
Em outros idiomas: roris marini (latim), rosemary (inglês), romarin (francês), ramerino (italiano) e rosmarin (alemão).

Alecrim - folhas
(Rosmarinus officinalis)

O alecrim é uma planta que "cresce no campo sem ser semeada", muito usada também nos jardins e de todos bem conhecida.


Descrição antiga
(in: PLANTAS QUE CURAM, abade Charles Tierry, sem data)

Arbusto aromático que floresce quase todo o ano. A sua essência entra em muitos medicamentos, composição de bálsamos para fricções, e de certos produtos de perfumaria - água de Colônia, por exemplo.
O alecrim é, principalmente, um medicamento estimulante para todas as pessoas atacadas de debilidade extrema, e emprega-se também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide.
Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim.
Também se recomenda a todas as pessoas cujo estomago seja preguiçoso para digerir.
Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver.
Tome-se depois das refeições.


Monografia
Comissão Alemã

Tradução de Herbal Drugs and phytopharmaceuticals

Usos

Internamente: Queixas dispépticas; tratamento complementar de problemas reumáticos.
Uso externo: Problemas circulatórios

Contra-indicações

Não conhecidas

Efeitos secundários

Não conhecidos

Interações com outros medicamentos

Não conhecidas

Posologia

Internamente: Dose diária de 4-6 gr de planta (folhas secas), 10-20 gotas de óleo essencial; quantidades equivalentes.
Uso externo: 50 gr para um banho; 6-10% de óleo essencial em preparações líquidas ou semi-sólidas; quantidades equivalentes.

Modo de Administração

Planta partida para infusão; planta em pó; extracto seco; outras preparações farmacêuticas para uso interno ou externo.

Efeitos

Experimentalmente: espasmolítico das vias biliares e intestino delgado, inotrópico de forma positiva, aumenta o fornecimento de sangue às coronárias.
No Homem: Irritante cutâneo, estimula a circulação sanguínea (quando usado externamente).


Folheto Informativo
Licença Padrão Alemã

Tradução de Herbal Drugs and phytopharmaceuticals

Usos

Internamente: Flatulência, sensação de distensão e pequenas desordens do foro gastro-intestinal e biliar.

Contra-indicações

As preparações de Alecrim não devem ser tomadas durante a gravidez.

Posologia e Modo de Administração

Internamente: Adicionar cerca de 150 ml de água quente a uma colher cheia (2 gr) de Alecrim. Passados 15 minutos, filtrar por coador para chá.
Se não houver indicação em contrário, beber quente uma chávena de chá recentemente preparado, três a quatro vezes por dia entre as refeições.
Uso externo: Se não houver indicação em contrário, adicionar cerca de 100 gr de Alecrim a 20 litros de água para banhar as partes afetadas.

Cultivo


Alecrim
Rosmarinus officinalis
Romero - Rosemary

Histórico

O nome Rosmarinus do latim significa "orvalho que vem do mar", justificado pelas flores azuladas que inundam as praias do Mediterrâneo, lembrando o orvalho. Além de ser símbolo de fidelidade entre namorados, era usado na Era Medieval para purificar os quartos de doentes. Pela reputação de estimular a memória, conta-se que estudantes gregos usavam ramos de Alecrim nos cabelos, quando submetidos a exames.

Como é produzido

O Alecrim é produzido em terra vegetal dentro de nossas estufas, com mudas de alta qualidade, através de sistema de irrigação rigorosamente controlado e nas condições e ambiente ideais para o desenvolvimento da planta.

Como usar

Os temperos Horta em Casaâ vêm prontos para uso. Retire da embalagem e corte as folhas diretamente do vaso, sem receio. Você encontrará os produtos Horta em Casaâ no seu supermercado mais próximo.

Como conservar

Mantenha sua planta fora da embalagem num pratinho, em local arejado e com boa luminosidade natural. Evite expor diretamente ao sol. Coloque água no pratinho sempre que necessário (cerca de uma vez a cada dois dias).

Como replantar

Por estar num vaso pequeno, é difícil haver uma rebrota após o primeiro corte. Para replantar (pode ser num vaso maior, jardineira ou na sua horta), escolha um local bem iluminado, faça uma cavidade maior que o vaso, e ponha um pouco de terra vegetal. Deixe secar levemente a terra do vaso, retire a muda, plante e molhe bem. Lembre-se que o sucesso do replantio depende de vários fatores. O Alecrim gosta de muita luminosidade e é perene (seca no inverno e rebrota no verão).

Uso culinário

De sabor fresco e doce, o Alecrim é recomendado no preparo de uma grande variedade de carnes, em especial de porco e carneiro. Dá sabor especial a batatas e manteigas. Pode ser usado como decoração em pratos prontos antes de servi-los. Faz parte do famoso Herbes de Provence (tempero francês com várias ervas).

Uso terapêutico

As folhas do Alecrim são recomendadas no estímulo à circulação. Também auxiliam na digestão de gorduras e no combate à dor de cabeça associada com tensão nervosa.



Rosmarinus é um termo latino que significa umidade do mar e o alecrim possivelmente recebeu este nome por crescer próximo ao mar.
Partes usadas: as folhas em forma de agulha. Fortemente aromática, relacionada a cânfora ou eucalipto, é resinosa e ligeiramenrte amarga. Tempero popular em vários países do ocidente, especialmente ao longo do Mediterrâneo (Itália e França).
Mediterrâneo, Inglaterra, Estados Unidos e México.
As folhas contêm entre 1 e 2,5% de óleo essencial, composto por 15 a 25% de cânfora.
Pode ser empregado para aromatizar vinagres. Não perde seu sabor no cozimento, como outras folhas fazem. As folhas frecas possuem aroma mais puro, sendo preferidas. Utilizado com peixes, carnes, aves e vegetais, é freqüentemente combinado a batatas, abobrinhas, berinjelas e tomates preparados em azeite. Na Itália, a carne de cordeiro é raramente preparada sem esta erva e aves assadas envoltas em ramos de alecrim são muito populares. Efeito similar pode ser obtido com ramos de alecrim colocados sobre carvão em brasa em churrasqueiras.
Por ser uma das ervas mais fragrantes, deve-se tomar cuidado para não exagerar nas quantidades utilizadas.


Fonte: www-ang.kfunigraz.ac.at/~katzer/engl/index.html



Nome científico
Rosmarinus officinalis L.
Família
Lamiaceae (família da hortelã)
Origem
Mediterrâneo
Sinônimos


Alemão
Rosmarin

Árabe
Iklil al-Jabal

Chinês
Mi tieh hsiang

Dinamarquês
Rosmarin

Espanhol
Romero, Rosmario

Esperanto
Rosmareno

Estoniano
Harilik rosmariin

Farsi
Eklil kuhi

Finlandês
Rosmariini

Francês
Romarin, Rosmarin encens, Rosmarin, Ecensier

Grego
Dendrolívano, Diosmaríni

Holandês
Rozemarijn

Húngaro
Rozmaring

Inglês
Old Man, Rosemary

Islandês
Rósmarín, Sædögg

Italiano
Ramerino, Rosmarino

Japonês
Mannenro

Norueguês
Rosmarin

Polonês
Rozmaryn lekarski

Romeno
Rozmarin

Russo
Rozmarin

Sueco
Rosmarin

Tagalog
Dumero, Romero

Turco
Biberiye

Saiba Mais:

Não confunda com o nome popular da árvore abaixo

Árvores: Alecrim

Holocalyx balansae Micheli Família Leguminosae-Caesalpinoideae



Nomes Populares
Alecrim, ibirapepê, uirapepê, alecrim-de-campinas, pau-alecrim.
Sinonímia Botânica
Holocalyx glaziovii Taub.
Características Morfológicas
Altura de 15-25m, com tronco curto, sulcado, de 50-80cm de diâmetro. Copa perenifólia, de forma globosa (como a da foto) quando cresce isoladamente. Folhas adultas de cor verde escura, compostas, de 7-15cm de comprimento.
Ocorrência
São Paulo até o Rio Grande do Sul na floersta pluvial subtropical.


Madeira
Madeira pesada (densidade 0,92 g/cm3), dura, de grande
resistência mecânica porém não elástica, e de longa durabilidade;
alburno grande e distinto do cerne quanto a cor.



Fenologia
Floresce mais do que um vez por ano, porém com maior intensidade nos meses de outrubro-novembro. A maturação dos frutos ocorre predominantemente nos meses de dezembro-fevereiro.
Utilidade
A madeira tem aplicações na carpintaria, vigamentos, tornearia e confecção de raios de carroças e bengalas. Devido à sua dureza foi muito usada pelos índios para a fabricação de flechas e tacapes. Seus ramos foliáceos e folhas são tóxicos. Os frutos são muito apreciados por morcegos. A árvore é muito ornamental, principalmente, por sua copa perene e densa, capaz de proporcionar ótima sombra. Apear de apresentar lento crescimento tem sido largamente empregada na arborização ubrana. É ótima para ser empregada no adensamento florestal, por se tratar de planta característica do interior de floresta densa e sombria

RECEITA:
MARINADA PARA CARNES FORTES
Ingredientes:
Preparo:
  • 1,5 colher (sopa) de azeite
  • 7,5 colher (sopa) de vinho tinto incorporado
  • 1 cenoura cortada em rodelas
  • dentes de alho esmagados
  • 2 folhas de louro
  • 1 ramo de salsa
  • 1 ramo de tomilho
  • 1 ramo de alecrim
  • sal a gosto

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Algodão

ALGODÃO

Gossypium hirsutum L.

O algodoeiro, planta da família Malvaceae é cultivado, no Brasil, em três macroregiões, a Norte–Nordeste (Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia), a Centro–Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás) e a Sul–Sudeste (São Paulo, Paraná e Minas Gerais). Em todas elas encontram-se diferentes sistemas de produção, desde pequenas glebas, de agricultura familiar, até culturas empresariais, de alto nível tecnológico. Os conceitos e recomendações a seguir, aplicam-se às duas últimas regiões, especialmente à cotonicultura realizada no Estado de São Paulo.

Exigências ambientais: o algodoeiro é planta exigente, quanto à qualidade do solo. São desfavoráveis para o seu cultivo as glebas acentuadamente ácidas ou pobres em nutrientes, as excessivamente úmidas ou sujeitas a encharcamento e os solos rasos ou compactados. Com respeito a condições climáticas, exige, para um ciclo de aproximadamente 160 dias, e dependendo do desenvolvimento e produção das plantas, um suprimento de 750 a 900 mm de água, bem distribuídos no período. Após os 130 dias de idade da cultura, chuvas excessivas ou persistentes comprometem a produção e a qualidade do produto. Durante todo o ciclo, necessita de dias predominantemente ensolarados, com temperaturas médias entre 22 e 26oC. Satisfeitas tais condições, a cultura tem sido realizada com sucesso em altitudes variando de 200 até 1000m. Nas altitudes maiores o ciclo pode ser alongado em 30 dias ou mais.


Cultivares:
além de possíveis diferenças no potencial de produção e de qualidade da fibra, cultivares de algodoeiro se distinguem, pelo menos, por quatro características, que pesam na sua escolha para plantio: a) porte e conformação da planta, o que condiciona adaptabilidade a diferente sistemas de produção; b) duração e grau de determinação do ciclo produtivo, o que tem implicações na época de semeadura, exigências nutricionais e manejo da cultura; c) rendimento no beneficiamento (porcentagem de fibra), fator de escolha que resulta da forma de comercialização do produto (em caroço ou pluma) pelo produtor; e d) resistência ou tolerância a doenças, ponto decisivo segundo o histórico ou probabilidade de ocorrência de patógenos na área a ser cultivada. Acham-se disponíveis no Brasil numerosas cultivares, de órgãos públicos e empresas privadas, que se destacam em uma ou mais dessas características. O produtor deve escolher aquela que sobressai quanto à característica que julga mais importante para o seu sistema de produção, sem que, por outro lado, apresente deficiências graves, notadamente, suscetibilidade a doenças.


Época de semeadura:
é determinada pelas exigências climáticas da planta, em face das condições prevalecentes na região considerada e do ciclo previsto para a cultura (entre 140 e 170 dias, conforme a cultivar). Os pontos fundamentais são garantir umidade e temperatura suficientes para germinação, emergência e desenvolvimento das plantas e, principalmente, tempo relativamente seco na colheita. Na região Sul–Sudeste a maior probabilidade de sucesso ocorre para semeaduras entre 1o. de outubro e 20 de novembro.


Espaçamento e densidade:
em lavouras com colheita manual, e dependendo da fertilidade do solo e da cultivar empregada, o espaçamento entre linhas varia de 0,80 a 1m. Para colheita mecanizada, as máquinas mais modernas são bastante versáteis, com espaçamentos que variam entre 0,76 a 1m, conforme o número de linhas (2, 4 ou 5) colhidas de uma vez, pela máquina. Dependendo, também, das condições apontadas, o número de plantas na linha varia de 7 a 12 por metro linear.


Sementes necessárias:
conforme a cultivar, 100 sementes deslintadas quimicamente pesam de 8 a 10g. Dependendo do espaçamento e densidade utilizados, e da porcentagem de germinação, são necessários de 13 a 18 kg de sementes por hectare.


Calagem e adubação:
para adequada recomendação, há necessidade de análise química do solo. Aplicar calcário para elevar a saturação por bases do solo à faixa de 60 – 70%. Na semeadura, aplicar 10 kg/ha de N em mistura com P e K, conforme segue: para teores de P resina (mg/dm3) menores do que 6, de 7 a 15, de 16 a 40, de 41 a 80 e maiores do que 80, aplicar, respectivamente, 120, 100, 80, 60 e 40 kg/ha de P2O5; para teores de potássio trocável (m.molc/dm3) menores que 0,7, de 0,8 a 1,5, de 1,6 a 3,0, de 3,1 a 6,0 e maiores do que 6,0, aplicar, respectivamente, 120, 100, 80, 60 e 40 kg/ha de K2O (nos dois primeiros casos, parcelar a dose recomendada, aplicando em cobertura, juntamente com o nitrogênio, 40 kg e 20 kg/ha de K2O, respectivamente. Aplicar também na semeadura, 3 kg/ha de zinco e de 0,5 a 1,0 kg/ha de boro, em solos com baixos teores desses nutrientes. No caso do boro, elevar a dose para 1,2 a 1,5 kg/ha, caso já tenham ocorrido, na gleba, sintomas visuais de deficiência. O boro pode ser fornecido, também, em cobertura, junto com a primeira ou única adubação nitrogenada, em doses de até 1,5 kg/ha, ou por via foliar, junto com inseticidas, em aplicações semanais, no florescimento. Em cobertura, aplicar nitrogênio em doses variando de 30 kg/ha (solos em pousio prolongado ou após rotação com leguminosas) a 70 kg/ha, em solos intensamente cultivados e adubados, ou desgastados. Nas adubações de semeadura e em cobertura, garantir fornecimento de 20 a 40 kg/ha de enxofre. Atentar para recomendações específicas feitas pela entidade detentora da cultivar utilizada.


Técnicas de plantio:
além do método convencional, o algodoeiro adapta-se, também, ao sistema de plantio direto. Em qualquer dos casos é fundamental um plantio raso, com, no máximo, 3 cm de terra sobre as sementes, e o adubo colocado ao lado e abaixo destas. No plantio direto, além de equipamentos especiais, deve-se estar preparado para incidências maiores de pragas e doenças, no início da cultura, exigências adicionais de nutrientes, sobretudo nitrogênio, necessidade de manejo adequado da palhada ou dos restos da cultura anterior e problemas com o controle de ervas daninhas. Em ambos os casos, mas principalmente no sistema convencional, é indispensável o emprego de técnicas conservacionistas do solo.


Tratos culturais:
a cultura deve ser mantida livre de ervas daninhas durante todo o ciclo. Herbicidas seletivos, e métodos de aplicação e equipamentos que protegem as plantas, permitem o controle químico do mato. Cultivos manuais e mecânicos são também utilizados. A altura das plantas deve ser monitorada e controlada, se necessário mediante reguladores de crescimento, para que não ultrapasse, no estágio final, 1,5 vezes o espaçamento entre linhas adotado.


Pragas e seu controle:
as numerosas pragas que atacam o algodoeiro podem ser divididas em dois grupos: a) as que ocorrem principalmente no estabelecimento da cultura (broca–da–raiz, tripes, broca–do–ponteiro, percevejo castanho, pulgão, cigarrinha) e b) as que ocorrem principalmente no florescimento e na frutificação (curuquerê, mosca branca, lagarta–das–maçãs, ácaro branco, ácaro rajado, percevejo rajado, percevejo manchador, lagarta militar, lagarta rosada, bicudo). A forma mais racional de seu controle é através do manejo integrado, que compreende medidas como destruição de soqueiras, época e concentração de plantio, uso de cultivares tolerantes, rotação de cultura, monitoramento populacional, controle de bordaduras e focos, e uso de feromônios dentre outras. O controle químico se faz, conforme a espécie, através de produtos sistêmicos ou de contato.


Doenças e seu controle:
o algodoeiro é afetado por doenças altamente destrutivas como as murchas de Fusarium e de Verticillium, nematóides, mancha–angular, ramulose e mosaico das nervuras. Mesmo doenças tidas no passado como secundárias (alternaria, ramularia, cercospora e outras manchas foliares) podem tornar-se importantes, se incidirem em cultivares muito suscetíveis. O controle mais racional e econômico desses patógenos se dá mediante o uso de cultivares resistentes ou tolerantes, complementado por medidas profiláticas ou práticas culturais, dentre elas, o uso de sementes sadias, rotação de culturas, destruição de restos culturais, espaçamentos apropriados e adubações equilibradas. O controle químico é recomendado para tratamento de sementes e para algumas dessas doenças, especialmente as foliares, em caso de não se dispor de cultivares resistentes ou tolerantes.


Rotação recomendada:
adubos verdes e culturas comerciais como soja, milho, amendoim e mamona, cuidando para que não sejam utilizadas nestas, cultivares suscetíveis a patógenos que atacam também o algodoeiro.


Colheita:
de 140 a 170 dias de idade da cultura, conforme a cultivar e as condições ambientais e de cultivo. Pode ser realizada manualmente, em uma ou mais vezes, ou por colhedeiras mecânicas. Na manual, são necessários cerca de 25 homens/dia para colheita de 1 hectare. Na mecânica, o mesmo serviço pode ser realizado em 1,5 ou 3 horas, dependendo da máquina. Colher algodão seco e o mais limpo possível e não deixar algodão aberto, no campo, por mais de 10 dias.


Custos e produtividade:
culturas razoavelmente tecnificadas têm um custo mínimo de R$1.800 por hectare (safra 2004/05) e podem produzir cerca de 2400 kg/ha de algodão em caroço. Produtividades de 3.500 kg/ha ou mais, podem ser obtidas, porém, com custos acima de R$3.000 por hectare.

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Capulho

MILTON GERALDO FUZATTO 1; LUIZ HENRIQUE CARVALHO 1 ; EDIVALDO CIA 1; NELSON MACHADO DA SILVA 1; EDERALDO JOSÉ CHIAVEGATO 2; REGINALDO ROBERTO LÜDERS1.

(1) Centro de Grãos e Fibras - IAC

(2) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz - USP

*Texto extraído do Boletim 200

Centro de Grãos e Fibras
Instituto Agronômico - IAC