quarta-feira, 18 de junho de 2008

Hibiscus


Nome popular
HIBISCUS
Nome científico Hibiscus sabdariffa Lineo
Fotos ampliadas 1 | 2 | 3 | 4 | 5
Família Malvácea
Sinonímia popular Hibisco, azedinha, vinagreira, quiabo-azedo
Sinonímia científica Hibiscus acetosus Noronha
Parte usada Cálices secos, folha
Propriedades terapêuticas Demulcente,colerética, hipotensora, diurética, colerético, laxante, antiespasmódica, adstringente, expectorante, protetor da mucosa estomacal, digestivo, fluidificante do suco biliar.
Princípios ativos Mucilagem, antocianinas (hibiscina, cianidina, delfinina), pigmentos flavônicos, ácido tartárico, málico cítrico e hibístico, fitosteróis (sitosterol, campestrol, ergosterol, estigmasterol)
Indicações terapêuticas Constipações e irritações de vias respiratórias,
Informações complementares

Conhecido popularmente como hibisco, hibiscus, cardadé, té de Jamaica (em espanhol); red sorrel ou jamaica sorrel (inglês); carcade (italiano) ou roselle (francês), é um subarbusto anual das Malváceas com cerca de 2 m de altura, bastante ramificado na base, talos arroxeados, robustos e folhas caulinares trilobadas.

Suas flores são axilares, solitárias, apresentam um cálice carnoso em corola amarelada. É uma planta asiática que hoje existe silvestre no Egipto, México, Jamaica, Sri Lanka. Exige solo drenado.

Usam-se os cálices secos.

Tem mucilagem, antocianinas (hibiscina, cianidina, delfinina), pigmentos flavônicos, ácido tartárico, málico cítrico e hibístico, fitosteróis (sitosterol, campestrol, ergosterol, estigmasterol).

A mucilagem o faz demulcente e útil em constipações e irritações de vias respiratórias. Os flavonóides lhe dão propriedade espasmolítica( intestinal), colerética, hipotensora e diurética. Há trabalho mostrando que a flavona gosipetina inibe a com versão de angiotensina I em II.

Também abaixa a taxa de lipídeos totais no sangue. As antocianinas = efeito vasodilatador.

O povo o usa como diurético, colerético, laxante e antiespasmódico.

Curiosidade: na Suíça é chamada de kerkade e aromatiza vinhos. Os talos dão o que se chama cânhamo de hibiscus. Há uma variedade, a H. rosa sinensis L, ou rosa china, com corola branca, amarela ou roxo-purpúreo que também aparece no Caribe onde é usada como adstringente e expectorante.

Colaboração: Dr. Luiz Carlos Leme Franco, médico fitoterapeuta e professor de Fitoterapia


Outros sinônimos científicos

  • Hibiscus acetosella Welw.
  • Hibiscus cruentus Bertol.
  • Hibiscus digitatus Cav.
  • Hibiscus fraternus L.f.
  • Hibiscus gossypifolius Mill.
  • Hibiscus rosella Hort.
  • Hibiscus sanguineus Griff.

Outros nomes populares

Caruru-da-guiné, azeda-da-guiné, quiabo róseo, quiabo-roxo, rosélia, caruru azedo.

Origem

África oriental e tropical

Conservação

As folhas e flores (cálices) são secas ao sol, em local ventilado e sem umidade. Armazenar em sacos de papel ou de pano.

Outros princípios ativos

Folhas: proteínas, fibras, cálcio, ferro, carotenos, vitamina C

Flores: mucilagens, ácidos orgânicos (cítrico,málico e tartárico), flavonóides, derivados antociânicos.

Dosagem indicada

Digestivo estomacal, refrescante intestinal, diurético,protetor da mucosa(bucal,bronquial e pulmonar)
Em uma xícara (chá) coloque 1 colher (sopa) de flores (cálices) picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá) de 1 a 3 vezes ao dia. Podem ser acrescentadas algumas gotas de limão.

Fluidificante do suco biliar, digestivo estomacal, refrescante intestinal
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas (cálices) picadas em meio litro de vinho branco seco. Deixe em maceração por 8 dias, agitando de vez em quando e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.

Protetor da mucosa (estomacal e intestinal)Coloque 1 colher (chá) de flores (cálices) picadas em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo, abafe por 10 minutos, espere amornar e coe. Tome 1 xícara (chá) 3 vezes ao dia.

Efeitos colaterais

Não foram encontrados.

Informações complementares

O gênero hibiscus compreende 200 espécies de plantas anuais, perenes, arbustos e árvores que formam parte da flora tropical e subtropical.

O Hibiscus sabdariffa, em geral, é anual e alcança em média uma altura de 2 a 3 m. As folhas inferiores são ovaladas e simples, ao passo que as superiores tomam uma forma lobulada.

Os talos terminam em um ralo ramo de flores de um amarelo pálido, rosa arroxeado ou púrpurea. A espécie típica tem flores amarelas, existindo o cultivar "Albus" de flores brancas e outras com ramagem verde.

Quando terminam a floração estas formam um cálice vermelho e carnoso. O cálice contém uma quantidade de pigmentos vegetais e ácidos e se usa como bebida popular e refrescante.

O conjunto de cálice e corola formam a parte mais importante da planta, que popularmente é chamado de fruto, que é uma cápsula oval, com 5 lóbulos, revestida de pelos finos e picantes, contendo no interior várias sementes.

Colhem-se as folhas e as flores, sendo que para consumo, deve-se extrair somente o cálice das flores.

Usado na forma de chás dão um colorido especial e um sabor muito bom. Um específico efeito medicinal ainda não é comprovado. Mas vale lembrar que este hibisco não é o hibisco ornamental tão comum no Brasil.

Culinária

Para os naturalistas usa-se fazer gelatina natural. Usa-se gelatina incolor com o chá do hibisco adoçado devido ao seu lindo vermelho natural que substitui corantes químicos.

Geléia de flores
Em um pilão, coloque 5 colheres (sopa) de flores (cálices) frescas e amasse bem até adquirir uma consistência pastosa. Em seguida adicione 3 colheres (sopa) de açúcar cristal.

Leve ao fogo brando e deixe em fervura, mexendo sempre com uma colher de pau para não grudar no fundo da panela. Quando adquirir o ponto de geléia, desligue o fogo e ainda quente, acondicione em vidros até a boca e tampe. Espere esfriar e armazene em geladeira. Utilize como geléia no desjejum.

Bibliografia

  • Plantas que curam - Sylvio Panizza
  • Lãs Plantas Medicinales - Willian A.R.Thomson
  • Plantas ornamentais no Brasil - Harri Lorenzi & Hermes Moreira de Souza

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