terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pistache 'reduz riscos de problemas cardíacos', diz estudo

O resultado foi que as 42 gramas de pistache reduziram o volume total de colesterol no sangue em 8,4%, e o chamado colesterol ruim (LDL), em 11,6%. (BBC)

Pistache 'reduz riscos de problemas cardíacos', diz estudo

Pistaches podem ter um papel central em uma dieta balanceada

Um estudo da Universidade Estadual Penn, dos Estados Unidos, afirma que comer um punhado de pistache por dia pode baixar a taxa de colesterol e suprir a necessidade de antioxidantes normalmente encontrada em verduras e frutas de cores vivas.
Comer entre 40 e 85 gramas de pistache por dia "diminuiu o risco de doenças cardiovasculares, por diminuir significativamente os níveis de colesterol (LDL), e reduziu significantemente as proporções de lipoproteínas", de acordo com a pesquisadora Sarah K. Gebauer, que apresentou o estudo no encontro Biologia Experimental, em Washington, na segunda-feira.
Os participantes do estudo passaram duas semanas se alimentando com a Dieta Média Americana, que consiste de 35% de gorduras e 11% de gorduras saturadas.
Em seguida, testaram três dietas diferentes durante quatro semanas, sempre com um intervalo de duas semanas entre elas.

Variantes

As três dietas são variantes de um regime popular para a redução de colesterol: uma sem pistache, com direito a 25% de gordura e 8% de gorduras saturadas; a segunda com 42 gramas de pistache por dia, além de 30% de gorduras e 8% de gorduras saturadas; e por último, 85 gramas de pistache por dia, além de 34% de gorduras e 8% de gorduras saturadas.
Os exames de sangue verificaram então os níveis de colesterol no sangue de cada participante, após cada dieta.
O resultado foi que as 42 gramas de pistache reduziram o volume total de colesterol no sangue em 8,4%, e o chamado colesterol ruim (LDL), em 11,6%.
O estudo mostrou ainda que as lipoproteínas de de densidade não-alta (Não-HDL) caíram em 11,2%. Esse tipo de lipoproteínas é considerado um indicador confiável sobre os riscos de doenças cardiovasculares.

Diferença

"Ficamos satisfeitos em constatar uma diferença entre as duas doses de pistache sobre a lipoproteína, porque parece que são o pistache que está provocando os efeitos e que ele atua de forma dependente da dose", disse Gebauer.
Os pesquisadores analisaram ainda os impactos das dietas sobre os níveis de LDL oxidizado e de antioxidantes no sangue.
"Queríamos ver se o aumento dos níveis de antioxidantes provocado pelo pistache poderia reduzir inflamações e oxidação", afirmou Gebauer.
O pistache contém mais luteína (normalmente encontrada em verduras escuras), beta caroteno (formador da vitamina A) e gama tocoferol (a principal forma de vitamina E) do que outras nozes. (BBC)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Confira a tabela nutricional das sementes

Veja uma tabela com o valor nutricional de sementes bem conhecidas e aprenda a preparar um farelo.

Para fazer farelo de sementes:
Lave bem as sementes, usando um coador. Para desidratá-las, leve ao forno quente, mas desligado, por até 30 minutos. Vá guardando as sementes num pote no congelador e, quando tiver acumulado bastante, triture para fazer o farelo.

Guarde o farelo pronto na geladeira. Ele pode ser usado em cima de saladas, frutas e sucos e em algumas receitas de pratos quentes.

Veja a seguir uma tabela com os valores nutricionais de algumas sementes bem conhecidas:

100 g do produto Umidade (%) Energia (kcal) Proteína(g) Lípídeos (g) Carboidratos (g) Fibra Alimentar (g)
Amêndoa torrada e salgada* 3,1% 581 18,6 47,3 29,5 11,6
Castanha de caju torrada, com sal* 3,5 570 18,5 46,3 29,1 3,7
Castanha do Brasil crua* 3,5 643 14,5 63,5 15,1 7,9
Gergelim* 3,9 584 21,2 50,4 21,6 11,9
Semente de linhaça* 6,7 495 14,1 32,3 43,3 33,5
Pinhão cozido* 50,5 174 3 0,7 43,9 15,6
Semente de abóbora** 3,53 501 29,78 32,44 30,02 7,56
Semente de girassol** 3,06 475 16,96 25,88 51,31 7,84
Semente de baru** 6,10 502 23,9 38,2 29,1 13,4

* Fonte: Tabela de Composição de Alimentos da Unicamp

**Fonte: Tabela de Composição de Alimentos da USP

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

MUSSAMBÉ

Cleome spinosa Jacq.

Nome científico: Cleome spinosaJacq.

Família: Capparidaceae.

Sinônimos botânicos: Cleome pubescens Sims, Cleome pungens Willd., Cleome spinosa L., Cleome tonduzii Briq., Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf.

Sub-espécies: Cleome spinosa subsp. longicarpa H.H. Iltis, Cleome spinosa subsp. macrospermum H.H. Iltis, Cleome spinosa subsp. megasperma H.H. Iltis, Cleome spinosa subsp. spinosa, Cleome spinosa var. horrida (Mart.) Fawc. & Rendl.

Outros nomes populares: sete-marias, mussambé-de-espinho, beijo-fedorento, mussambe-miúdo.

Propriedades medicinais: tônica, tônico digestivo.

Indicações: asma, bronquite, tosse, otite supurada, ferida, dor de cabeça.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ALFACE

Lactuca sativa L.

Nome científico: Lactuca sativa L.

Família: Asteraceae.

Sinônimos botânicos: Lactuca scariola var. sativa Moris.

Outros nomes populares: grüner Salat (alemão), lechuga (espanhol), laitue (francês), lettuce (inglês), lattuga coltivata (italiano), leituga (português de Portugal).

Constituintes químicos: óleo essencial, albumina, vitaminas A e C, cálcio, fósforo e ferro.

Propriedades medicinais: antiácida, anti-reumática, calmante do estômago e do sistema nervoso, diurética, eupéptica, laxante (leve), rejuvenescedora, sonífero.
Lactucário (leite da alface, mais abundante quando penduada): lactucina, mannita, asparagina, albumina, resina, cera, sais minerais.

Indicações: agitação, conjuntivite, espermatorréia, hipocondria, insônia, iquerícia, nevralgia intestinal, nervos, palpitação do coração, priapismo, reumatismo, tosse, tensão nervosa, vertigem, nevralgia intestinal.

Parte utilizada: folhas, talos, raiz, leite extraído da planta florescente.

Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura consultada.

Modo de usar:
- suco cru e o chá das folhas, talos e raizes, em descanso noturno: sonífero, calmante do estômago e do sistema nervoso, béquico e iquerícia;
- sumo da alface: em loções e cremes: rejuvenescer e acalmar a pele, aliviar queimaduras de sol na pele;
- lactucário (leite): propriedades hipnóticas, icterícia;
- cataplasma: ferver algumas folhas de alface em pouca água, por cinco minutos. Deixar amornar e untar as folhas com azeite de oliva, estendendo-as sobre uma gaze. Aplicar sobre a região atingida, para evitar inflamações: contusões, inchaços, pele irritada e avermelhada;
- decocção: cozinhar 60 g de folhas de alface em meio litro de água. Filtrar o líquido, quando morno. Tomar três cálices ao dia: laxativo branco, insônia;
- infusão das folhas: tranquilizante, tosse, afecções da pele, emoliente, anti-reumático, sonífero, nevralgias intestinais, irritações do intestino, digestivo, laxativo suave, vertigens;
- suco das folhas, em uso externo: contusões e amaciante da pele;

ALCARÁVIA

Carum carvi L.

Nome científico: Carum carvi L.

Família: Apiaceae.

Sinônimos botânicos: Carum carvi fo. gracile (Lindl.) H. Wolff, Carum carvi var. gracile (Lindl.) H. Wolff, Carum gracile Lindl., Carum rosellum Woronow.

Subespécies/variações: Carum carvi fo. carvi, Carum carvi fo. gracile (Lindl.) H. Wolff, 1927, Carum carvi fo. rhodanthum Moore, Carum carvi fo. rhodochranthum A.H. Moore, Carum carvi fo. rubriflora H. Wolff, 1926, Carum carvi var. gracile (Lindl.) H. Wolff, Carum carvi var. roseum Trautv.

Outros nomes populares: cominho, cariz, cominho-armênio, alcaravea, alcarovea, alquirevia, cominho-de-montanha, cominho-dos-prados, cominho-romano, cuminho, quirivia; wiesen-kümmel (alemão), alcarávea (espanhol), cumin (francês), caraway (inglês), carvi (italiano), krishnajira (sânscrito).

Constituintes químicos: carvona, óleo essencial.

Propriedades medicinais: antiácida, antiflatulenta, anti-helmíntica, aperiente, aromática, digestiva, diurética, emenagoga, estimulante, estomáquica, galactagoga, laxante, purgativa.

Indicações: afecção do estomago, cólica ventosa, dispepsia, dor dos nervos, estimular a secreção de leite das lactantes, febre, gases, regular as funções glandulares e respiratórias e equilibrar o processo hídrico, vermes.

Parte utilizada: folhas, frutos, raízes.

Contra-indicações/cuidados: em grandes quantidades pode ser tóxica (carvona).

Efeitos colaterais: não encontrados na literatura consultada.

Modo de usar:
- raízes cozidas podem ser consumidas como um vegetal;
- no preparo de carnes, molhos, aromatizar pães, queijos, sopas e doces; as folhas tenras picadas para temperar saladas; com batatas cozidas ao vapor, suflê de batatas e saladas de pimentão; para temperar carne em geral, especialmente de porco;
- infusão ou decocção dos frutos a 5%. Dose máxima diária: 200 ml;
- extrato fluido. Dose máxima diária: 10 ml.

ALCAPARRA

Capparis spinosa L.

Nome científico: Capparis spinosa L.

Família: Capparaceae.

Sinônimos botânicos: Capparis spinosa Auct.

Subespécies/variações:

Outros nomes populares: alcaparreira; kaperstrauch (alemão), al-kábar (árabe), alcaparra ou alcaparrón (espanhol), câpre (francês), caper, spineless caper (inglês), càppero (italiano), coppari (latim).

Constituintes químicos: ácido cáprico, flavonóides, glicocaparósido e óleo essencial.

Propriedades medicinais: adstringente, afrodisíaca, antiespasmódica, aperiente, calmante, diurética, estimulante do estômago, tônica, vermífuga.

Indicações: nevralgias sobretudo a ciática, aumentar a diurese, fígado, abrir o apetite, flatulência.

Parte utilizada: botões florais, raízes.

Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura consultada.

Modo de usar:
- como condimento em peixes, carnes, em molhos com mostarda, em saladas, recheios e adicionada ao arroz;
- infusão.

ALCANFOREIRA

Laurus camphora L.

Nome científico: Laurus camphora L.

Família: Lauraceae.

Nomes botânicos aceitáveis: Cinnamomum camphora (L.) J. Presl, Cinnamomum camphora (L.) Nees & Eberm.

Outros nomes populares: canforeira, erva-cavaleira, rabugem-de-cachorro, alcanforero.

Propriedades medicinais: digestivo.

Indicações: amenorréia, nevralgia, reumatismo.

ALCAÇUZ

Glycyrrhiza glabra L.

Nome científico: Glycyrrhiza glabra L.

Família: Fabaceae.

Sinônimo botânico: Glycyrrhiza glabra subsp. glandulifera (Waldst. & Kit.) Ponert, Glycyrrhiza glabra var. caduca X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. glandulosa X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. laxifoliolata X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. violacea (Boiss. & Noë) Boiss., Glycyrrhiza glandulifera Waldst. & Kit., Glycyrrhiza hirsuta Pall., Glycyrrhiza violacea Boiss. & Noë.

Outros nomes populares: glicirriza, salsa, regoliz, regaliz, pau-doce, raiz-doce, alcaçus, alcaçuz-da-europa, alcaçuz-glabro, madeira-doce; deutsches süssholz (alemão), orozus e regalicia (espanhol), licorice (inglês), liquirizia comune (italiano).

Constituintes químicos: ácido glicirretínico, ácido glicirrízico, ácido uralênico, amido, cumarinas, enzimas, glicirrizina, glicosídeos, isoliquiritigenina, isoliquiritina, licoricona, liquiritigenina, liquiritina, óleo essencial, sacarídeos, saponinas, taninos, triterpenos.

Propriedades medicinais: antiespasmódica, antiinflamatória, antimicrobiana, antioxidante, antitóxica, anti-séptica, antitumoral, aromática, diurética, emoliente, expectorante, laxante, refrescante, tônica.

Indicações: abscesso, bronquites, catarro, catarro da bexiga, conjuntivite, dificuldades de urinar, espasmo, estimular a secreção de hormônios pelo córtex adrenal, feridas, furúnculos, gota, inflamação, inflamação bucal, pedra e cálculo, prisão de ventre, resfriado, rouquidão, tosses catarrais, transtornos biliares, tumor, úlceras gástricas, vesícula, vias urinárias.

Parte utilizada: raízes.

Contra-indicações/cuidados: gestantes (mesmo banhos ou massagem), nutrizes, crianças, pessoas anêmicas, hipertensas, com glaucoma, doenças cardíacas, que usam contraceptivos ou fazem reposição hormonal.

Efeitos colaterais: o uso interno provoca retenção de líquidos, Se prolongado pode causar ainda hipertensão, perda de potássio e retenção de sódio, dores abdominais, dor de cabeça e deficiência respiratória. Segundo a literatura consultada não há efeitos colaterais advindos do uso externo.

Modo de usar:
- fabricação de: . loções para limpeza da pele, tratamento da acne;
. cremes hidratantes: prevenção de rugas e na melhoria da textura da pele;
. géis e loções de proteção solar;
. loções e pomadas: abscessos, feridas e úlceras;
- infusão da raiz: inflamações do ventre e das vias urinárias. Bochechos: inflamações bucais. Compressa: conjuntivite aguda;
- pó da raiz: 100 g de alcaçuz, 20 g de erva doce moída em um pouco de água e misturar. Tomar uma colher de sobremesa à noite: regulador intestinal;
- decocção de 2 colheres de sopa de raiz moída em 1 litro de água, fervendo por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia, sem açúcar. Para crianças reduzir a quantidade de erva para 1/3;
- compressas (uso externo): decocção 6 colheres de sopa de raiz moída em um litro d'água;
- decocção de 200 g de alcaçuz em um litro de água. Ferver por três minutos. Após meia hora, filtrar: bochechos e gargarejos, várias vezes ao dia;
- decocção de 20 g de raízes e ramos de alcaçuz, 40 g de eucalipto e 10 g de segurelha um litro de água. Ferver, por dez minutos. Deixar repousar por meia hora e filtrá-lo: bochechos e gargarejos freqüentes;
- decocção de 15 g de raízes de alcaçuz, 20 g de raízes de genciana, 20 g de raízes de salsaparrilha, 50 g de raízes de bardana, 50 g de raízes de gramínea, 150 g de raízes de dente-de-leão em três litros de água, por uma hora (em fogo brando). Deixar esfriar e filtrar. Tomar três xícaras por dia, de manhã (em jejum), a tarde e antes de deitar: depurativo, eczema;
- infusão em água morna de uma colher de café da mistura de: 5 g de raízes de alcaçuz em pó, 5 g de folhas de sene em pó, 3 g de sementes de funcho em pó. Deixar repousar por alguns minutos. Remisturar e beber à noite, antes de deitar: prisão de ventre;
- vinho medicinal: 120 g de raízes de alcaçuz esmagadas, 60 g de sementes de anis e 60 g de sementes de funcho em um litro de vinho branco. Deixar em infusão por dez dias. Filtrar e tomar seis colheres ao dia e fazer bochechos: mau hálito, tosse;
- decocção: ferver, por cinco minutos, 100 g de alcaçuz e 100 g de hipérico em um litro de água. Deixar repousar por meia hora e filtrar. Tomar uma xícara pela manhã, em jejum, e uma após as refeições principais: úlcera duodenal;
- bala de alcaçuz: dissolver 500 g de alcaçuz em meio litro de água, adicionar 250 g de goma arábica, 150 g de açúcar e 50 g de gengibre. Ferver até a mistura adquirir a consistência de massa ou pasta. espalhar sobre uma superfície de mármore, untada. Depois de fria, corta-se a massa e fazer as balas: acalmar tosses e acessos de bronquite;
- raiz, por decocção: tosse, laringites, afonia, afecções das vias respiratórias, peitoral, emoliente, catarros crônicos, dispnéia, congestão hepática, laxativo, inflamações do ventre e vias urinárias, inflamações da gengiva e da língua, depurativo, eczemas.
- mastigação da raiz: mau hálito, ajudar a parar de fumar;
- cataplasma de raiz seca, reduzida a pó com um pouco de farinha de trigo: aplicar sobre as partes afetadas: erisipela, para acalmar a dor;

ALAMANDA-DE-JACOBINA

Allamanda blanchetti A. DC.

Nome científico: Allamanda blanchetti A. DC.

Família: Apocynaceae.

Sinônimos botânicos: Allamanda violaceae Gardn.

Outros nomes populares: alamanda-de-blanchet, alamanda-cheirosa, alamanda-roxa, emeto, orelia, rosa-do-campo.

Constituintes químicos: glicosídeo cardiotóxico.

Propriedades medicinais: aromática, laxante, catártica, antiespasmódica, purgativa.

Indicações: espasmo, icterícia.

Parte utilizada:

Contra-indicações/cuidados: Não encontrados na literatura consultada.

Efeitos colaterais: em caso de intoxicação: náusea, cãimbras de estômago, elevação da temperatura, sede, erupção da pele. Fazer lavagem gástrica por pessoal experiente, tendo em conta as propriedades cáusticas do vegetal. As manifestações gastrintestinais exigem apenas tratamento sintomático, complementado por correção adequada dos distúrbios hidroeletrolíticos, que são complicações relativamente frequentes.

Modo de usar: Usar só sob prescrição e acompanhamento médico.