sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ABÓBORA

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(Cucurbita Pepo)
A abóbora também chamada de jerimum no norte e nordeste de nosso País, é um vegetal da família da cucurbitáceas, que se destaca sobretudo por sua riqueza em pró-vitamina A e pelo seu conteúdo em fósforo, cálcio e ferro.

Uso medicinal:
Folhas – são boas contra a erisipela. Usam-se em fricções, da mesma forma como as flores.
Folhas frescas contundidas, aplicam-se sobre queimaduras.
A seiva das folhas, fritos em azeite de oliva, aplicados em cataplasmas, ao peito, trazem bons resultados em casos de pneumonia.
Flores – em fricções, dão bons resultados contra a erisipela, dissipando o inchaço.
Ligeiramente assadas e aplicadas ao ouvido, são eficazes contra as otites.
Sementes – são calmantes e refrescantes.
Em emulsão, prestam bons serviços nas inflamações do tubo digestivo, da bexiga e da uretra.
Para combater a bronquite, prepara-se uma emulsão da seguinte maneira:
-Pega-se umas 50 gramas de sementes descascadas, moem-se com uns 20 gramas de açúcar e acrescentam-se uns 80 gramas de água. Toma-se várias colheradas por dia.
As semente são empregadas também, eficazmente, contra a solitária, para cuja expulsão é preciso, na véspera, tomar três colheres, das de sopa, de óleo de rícino, e evitar toda alimentação. Descasca-se as sementes da abóbora com o cuidado de não tirar-lhes a película esverdeada que envolve a amêndoa. Tritura-se de 60 a 80 gramas de sementes descascadas e mistura-se com igual quantidade de açúcar e umas 10 colheres de leite. Toma-se em jejum. Duas horas depois ingere-se outras três colheres de óleo de rícino. Convém não esquecer que esta receita é para adultos.
Lombrigas – expulsa-se com dose menores, repetidas de três em três dias, e mesmo sem abstenção total de alimentos na véspera.
Toma-se o óleo de rícino uma hora após a ingestão das sementes.
As sementes verdes são empregadas pelos homeopatas contra a intensa náusea depois das refeições e contra os vômitos no período da gravidez.
Polpa – crua ou cozida, serve para preparar cataplasmas emolientes que se aplicam sobre queimaduras do primeiro grau e sobre inflamações externas, furúnculos e antrazes.

É laxante e diurética.
Segundo investigações do Dr. Lakovsky, de Kiev, o purê de abóbora (aqui chamado de quibebe), exerce ação diurética bastante acentuada nas enfermidades renais e mesmo nas inflamações graves, crônicas, dos rins. O referido clinico observou que, sob influencia desse vegetal, aumentava a quantidade de urina eliminada, bem como a proporção das matérias solidas contidas na mesma, ao mesmo tempo em que os edemas ou inchaços diminuíam e acabavam desaparecendo, e a reação da urina se tornava alcalina. – Dr. Teófilo L. Ochoa.
A polpa é também alcalinizante; portanto boa para quem sofre de artritismo.
É rica em fosfato e é tônica para o cérebro.
É muito rica em globulina, e é boa para o fígado, os rins e os intestinos.
Dá bons resultados, crua, no combate a hidropisia.
Deve ser usada cozida pelos que sofrem de hemorróidas.

Pendúnculos – triturados e fervidos na água, empregam-se no preparo de um chá bom para curar hemorragias uterinas. Toma-se várias xícaras por dia.
O mesmo chá, no qual se adiciona uma colher de tremoços moídos, é bom remédio contra a diarréia, a disenteria e a malaria.

Valor alimentício:
A abóbora pode ser empregada como integrante de sopas de hortaliças para crianças desde os seis meses de idade.
Incluindo esse vegetal em nossa ração, estamos assegurando a mesma um bom teor de vitamina A.
Crua, pde-se usá-la ralada, em mistura com cenoura, beterraba ou nabo, no preparo de saladas.
Presta-se também na preparação de sucos em conjunto com cenoura, beterraba, tomate, abacate, etc, na centrifuga ou no liquidificador.
Cozida pode empregar-se juntamente com batatinha , batata-doce, mandioca, arroz, feijão, trigo etc.
Os brotos cozidos serve para salada ou sopas.
As pontas tenras de aboboreiras (cambuquiras), com milho verde, ralado, dão uma sopa deliciosa, muito usada no Brasil. O Prof. Dr. Deodato de Morais alega que essas pontas tem propriedades estomáquicas notáveis.
A flor pode ser preparada a milaneza.
As sementes, descascadas e ligeiramente tostadas, comidas com pão integral, pela manhã, são muito nutritivas. Podem também ser usadas com nozes, coco ou amendoim. É um alimento reconstituinte para crianças desnutridas, débeis, raquíticas..
Fonte: As hortaliçãs na medicina doméstiva - A. BALBACH
pag.168

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