Segunda-feira, 12 de abril de 2010
Linhaça: mito ou verdade?
O processo inflamatório subclínico encontra-se associado à prevenção e controle de um agrupamento de fatores de risco (FR) cardiovascular, hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes mellitus, dislipidemia e aumento de depósito de gordura visceral (abdominal); entretanto, outros novos indicadores de risco têm se tornado relevantes neste contexto. Indicadores inflamatórios, hormonais e nutricionais parecem estar correlacionados com o estilo de vida e suas modificações.
A semente de linhaça tem sido reconhecida como um alimento rico em fibras e n-3, entretanto, um novo constituinte de sua composição nutricional tem merecido atenção pelo seu papel anti-inflamatório e antioxidante.: as lignanas, que em contato com a microflora intestinal humana transformam-se em enterolignanas, especialmente, enterodiol e enterolactona.
Conhecer os efeitos destas enterolignanas sobre os indicadores antropométricos, bioquímicos, inflamatórios, hormonais e nutricionais, em sujeitos sedentários, com FR relacionados ao estilo de vida moderna, bem como, as diferentes características na composição nutricional da dieta podem interferir no perfil inflamatório, independentemente, da presença das enterolignanas provenientes da semente de linhaça constituíram o objetivo de um estudo intervencional realizado na cidade de Itu, desenvolvido pela Dra Roberta Cassani, com apoio do HCFMRP/USP e FAPESP.
Avaliou-se 52 funcionários masculinos de uma indústria alimentícia, os voluntários foram divididos em 4 grupos de pesquisa, um grupo controle, e três grupos com dietas isocalóricas e diferentes características no % de carboidratos (CH) e acréscimo de semente de linhaça em pó ou arroz cru triturados. Atualmente, mediante o perfil de risco encontrado em nosso meio, caracterizado, especialmente pelo sobrepeso, com depósito de gordura abdominal aumentado e níveis de triglicérides elevados e resistência à insulina devido a ingestão aumentada de CH altamente processados.
A avaliação de nossos dados podem sugerir que dietas com controle do % de CH total ingeridos e a adição de um alimento rico em lignanas constitui uma estratégia inicial relevante, para prevenção e controle da inflamação subclínica, e consequentemente, de fatores de risco cardiovasculares, o que pode contribuir na redução da morbi-mortalidade à eles associada.
www.itu.com.br
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