sexta-feira, 24 de junho de 2011

Comer mirtilo pode ajudar a inibir o desenvolvimento de células de gordura


Os benefícios do consumo do mirtilo já foram demonstrados em diversos estudos científicos, sobretudo aqueles relacionados à proteção do coração, que derivam de seu alto teor de polifenóis. Por isso, a frutinha já mostrou efeitos positivos sobre quase tudo: do envelhecimento à síndrome metabólica. Recentemente, uma pesquisadora da Universidade da Mulher do Texas estudou se o mirtilo também pode ter um importante papel na redução de um dos maiores desafios do mundo na área da saúde: a obesidade. E ela provou que sim, quanto mais o consumo de mirtilo – e seus polifenóis –, maior a redução das células de gordura, ou seja, do tecido adiposo do corpo.

Shiwani Moge decidiu analisar se a fruta desempenharia alguma função na diferenciação de células adiposas – o processo em que células não especializadas adquirem recursos para se tornar adipócitos. Estes são células do tecido conjuntivo especializadas em sintetizar e armazenar gordura. Na literatura científica há muitos artigos que provam que polifenóis vegetais combatem a adipogênese, o desenvolvimento de células de gordura, e induzem a lipólise, a quebra de lipídios ou gordura.

Moghe apresentou sua pesquisa no encontro Experimental Biology 2011, da Sociedade Americana de Nutrição, no último domingo. "Eu queria ver se o uso dos polifenóis presentes no mirtilo poderia inibir a obesidade ainda na fase molecular", disse Moghe. O estudo foi realizado em culturas de tecidos retirados de ratos. Ao fim do experimento, o teor de lipídio do grupo controle era significativamente maior do que o do tecido que havia recebido três doses de polifenóis de mirtilo. O tecido que recebeu a maior dose da substância teve uma redução de 73% em lipídios. Já a menor dose resultou em uma redução de 27%. "Nós ainda precisamos testar essa dose em humanos, para ter certeza de que não há efeitos colaterais e de que ela é efetiva. Determinar a melhor dose para humanos será importante agora", diz Moghe.
Data Edição: 14/4/2011
Fonte: Redação da Época

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