terça-feira, 17 de maio de 2016

Óleo de pequi é rico em ácidos graxos e carotenoides

Ele pode proporcionar diversos benefícios à saúde

Imagem: FreeImagens.com

O pequi é um fruto da árvore chamada pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.), comum nas regiões de Cerrado do Brasil, sendo seu cultivo uma fonte de renda para diversas famílias que habitam tais localidades (Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Bahia). Conhecido também como piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequerim e suari, o pequi se destaca na culinária típica destas regiões, aplicado em pratos locais, condimentos, óleos e bebidas adocicadas.

Graças ao seu interesse comercial, como na culinária e na extração do óleo, o pequi gera inúmeros empregos e renda para diversas famílias na época da colheita. Um pequizeiro produz entre 500 a 2000 frutos por safra, produzindo em média 180 kg de polpa, 33 kg de amêndoas, 119 kg de óleo de polpa e 15 l de óleo de amêndoa.


Óleo de pequi

O óleo vegetal de pequi pode ser extraído da sua polpa ou amêndoa, possuindo, assim, diferenças em suas composições. A alteração mais pronunciada entre estes óleos é a predominância de ácidos graxos. No óleo da polpa, o ácido oleico (ômega 9) predomina, enquanto no óleo da amêndoa, o ácido que é predominante é o palmítico.

O processo de extração do óleo de pequi não é único, podendo variar de produtor para produtor. O método mais artesanal, e ainda muito presente na produção rural do óleo, é o processo por extração aquosa. Após a casca do pequi ser retirada, a polpa e as amêndoas são dispostas em água e aquecidas a 80°C. Como o óleo não é solúvel em água e é menos denso que a água, ele "sobe" e fica na superfície, podendo assim ser recolhido por decantação ou até manualmente, como é feito por produções mais tradicionais. O vídeo mostra um pouco sobre como é a realidade dos catadores de pequi e a extração aquosa de seu óleo.



Outros processos consistem na extração por prensagem em extrusora, seguida de tratamento com solvente (normalmente etanol), ou na prensagem simples, que pode ser seguida de tratamento enzimático para aumentar o rendimento.

Benefícios e aplicações do óleo
O óleo de pequi é muito utilizado na culinária, porém é empregado também na indústria cosmética, na produção de sabão, e como produto medicinal, no combate à bronquite, gripes e resfriados, porém esses efeitos não são comprovados cientificamente, apenas fazem parte da medicina popular.

A polpa do pequi possui uma grande quantidade de carotenoides, responsáveis pela sua coloração amarelada, mas não é apenas a cor característica que estes compostos trazem. Alguns carotenoides são considerados geradores de vitamina A (ao serem consumidos, convertem-se em vitamina A). Outros carotenoides presentes na polpa do pequi apresentam ação antioxidante, trazendo diversos benefícios à manutenção da saúde.

Devido à presença destes compostos e de diversos ácidos graxos, o pequi e o óleo são estudados e aplicados na indústria farmacêutica e em cosméticos. Pesquisas estudam os efeitos antifúngicos e aplicações terapêuticas do óleo e os compostos presentes.

• Efeito antioxidante: graças a esse efeito, o óleo de pequi é aplicado em cosméticos, como cremes, para atuar como anti-idade e contribuir na manutenção da pele. Este alto efeito antioxidante do óleo também dá uma maior estabilidade ao produto, não havendo a necessidade de adição de conservantes.

• Presença de carotenoides: por ser uma fonte rica em carotenoides, o óleo de pequi é comestível e muito utilizado na culinária como óleo para cozinhar.

• Presença de ácidos graxos: a alta quantidade de ácido oleico, presente no óleo de pequi, é um atrativo para a produção de biodiesel. A oxidação do biocombustível é um grande problema que afeta sua qualidade e o interesse em sua produção. Os ácidos monoinsaturados são considerados mais interessantes para a produção de biocombustível, devido à sua estabilidade. Além do alto teor de ácidos monoinsaturados, o óleo de pequi possui um grande efeito antioxidante, como visto anteriormente, o que contribui mais ainda para a estabilidade do óleo. Porém, o fator limitante para a produção de biocombustível através deste óleo é a baixa produção existente e também sua safra, que é curta - apenas quatro meses ao ano.

Muitas pessoas aplicam o óleo de pequi no cabelo, hidratando e reparando os fios.

O óleo de pequi é um dos melhores óleos vegetais disponíveis, proporcionando benefícios à saúde através da sua utilização na culinária e em cosméticos. Entretanto, antes de utilizá-lo, certifique-se de que o produto é 100% natural e puro, livre de componentes que podem ser nocivos à saúde. Normalmente, produtos que contêm o óleo de pequi podem possuir também substâncias prejudiciais, como parabenos, a fim de melhorar algum aspecto físico do produto e até o seu tempo de vida.

Descarte
Vale ressaltar também que o descarte indevido de óleos provoca sérios impactos ambientais, principalmente na questão de contaminação da água. Dessa forma, o descarte de óleos vegetais em ralos e pias é inadequado, pois pode causar diversos riscos ambientais e entupimento nos encanamentos. Portanto, em caso de descarte, procure pelo local correto para destinar esses produtos; coloque os resíduos de óleo em um recipiente plástico e leve-o a um ponto de descarte para que o óleo possa ser reciclado.

fonte:ecycle.com.br
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