terça-feira, 18 de abril de 2017

Propriedades do Dente-de-leão

Erva super nutritiva a um custo mínimo ou nulo - basta olhar para os campos e jardins à sua volta na Primavera para poder ver e colher dente-de-leão em abundância. Esta planta faz as delicias das crianças no Verão que sopram as suas sementes brincando ao jogo “O teu pai é careca?” e ajudando assim a disseminar o dente-de-leão, erva considerada por muitos como uma praga que invade jardins, relvados, matos, beiras de ruas e mesmo perto de praias e rios.

Mas o que muitos parecem não saber é que esta “erva daninha” é uma verdadeira super erva, altamente nutritiva e com importantes qualidades medicinais. É utilizada há séculos, sendo a planta selvagem mais vulgarmente reconhecida. Todos nós temos memória de a ver por todo o lado nos jardins, quer vivamos num ambiente urbano ou rural.


É abundantemente utilizada e muito apreciada na cozinha de todo o mundo, particularmente na Europa central e mediterrânica, onde facilmente se vêem pessoas nos jardins e matos a colherem esta planta para consumirem em saladas, sumos e chás e também é frequente vê-las a vender em mercados de rua.

Qualidades nutricionais do dente-de-leão:
O aporte calórico do dente-de-leão é mínimo – 1 chávena tem apenas 25 calorias – enquanto que o seu valor nutricional é extremamente alto. De facto, o dente-de-leão contém mais valor nutritivo que a grande maioria dos outros vegetais. É particularmente rico em vitaminas, minerais, proteínas, inulina e pectina. O seu conteúdo de carotenóides é extremamente elevado, o que se reflecte no seu alto valor em vitamina A (mais alto do que o da cenoura).

Para além disso, o dente de leão é rico em vitamina C, riboflavina, B6 e tiamina, assim como cálcio, potássio, cobre, manganésio e ferro. Uma chávena de taraxaco fornece a mesma quantidade de cálcio do que ½ copo de leite!

Benefícios para a sua saúde:
fígado é o órgão que mais se beneficia desta planta, que o ajuda e estimula a eliminar as toxinas do sangue e a desobstruir os canais biliares. Excelente para uma cura primaveril, para limpar os excessos acumulados durante o Inverno.

A extraordinária popularidade do uso do dente-de-leão para fins medicinais está intimamente relacionada com esta sua capacidade de melhorar o trabalho do fígado, comprovadas pela sabedoria popular e por muitas pesquisas científicas feitas um pouco por todo o mundo, mas principalmente na Alemanha, onde a planta é muito popular.

O dente-de-leão é também um poderoso diurético. O Journal of Planta Medica publicou resultados de uma pesquisa feita em 1974, confirmando que as folhas do dente-de-leão possuem uma acção diurética poderosa no corpo humano, acção esta estudada e confirmada em muitas outras pesquisas mais recentes. Tradicionalmente, os diuréticos provocam uma perda importante de potássio, o que não acontece com o dente-de-leão, uma vez que esta planta tem um altíssimo teor deste mineral na sua composição.

Como preparar:
Todas as partes das plantas podem ser utilizadas: folhas, flores e raízes. As folhas são colhidas na Primavera até ao final de Maio; as flores podem ser consumidas quando desabrocham e as raízes podem ser retiradas do solo no Outono e secas ao sol ou no forno para guardar para o Inverno.

Colha as folhas mal elas começam a despontar; enquanto jovens elam mantêm um sabor mais suave, que se torna mais amargo à medida que crescem e se desenvolvem. Tenha cuidado para não apanhar os dentes-de-leão em locais onde pesticidas possam ter sido utilizados.

As folhas podem ser usadas cruas em saladas, cortadas em pedaços pequenos (o óleo usado dilui o sabor amargo das plantas mais crescidas), em sumos (comece com uma quantidade pequena) ou cozidas com com se fossem espinafres. Melhor se comidas cruas, porque mantém assim todos os nutrientes intactos. Na Primavera, adicione dente-de-leão diariamente aos seus preparados culinários e repare nas mudanças positivas no seu nível de energia, vitalidade e bem-estar.

Uma última nota sobre plantas selvagens: em geral, os alimentos selvagens têm mais nutrientes do que os vulgarmente encontrados nas lojas ou cultivados na sua horta, mesmo os de qualidade biológica. São intocados pelo homem e não necessitam de qualquer ajuda exterior para crescerem, quer seja de fertilizantes químicos ou naturais. Sem fertilizantes externos, a plantinha vai alimentar-se do que a terra lhe fornece, acumulando assim dentro de si uma reserva altíssima de nutrientes que depois são passadas à pessoa que a come. E

ra assim que acontecia antes do advento da agricultura e continua a ser assim em muitas áreas dos mundo, onde comunidades tradicionais se alimentam de plantas selvagens diariamente, trazendo enormes benefícios à sua saúde. Se juntarmos a isto, o prazer de colher as plantas, o contacto directo com a natureza, com o alimento que irá para o nosso prato, mais o exercício físico, ar puro, tudo isto faz da colheita uma actividade prazerosa que está ao alcance de todos nós. Bem mais interessante do que passar o domingo no supermercado. E é grátis!

No entanto, se viver num local onde não consegue encontrar dente-de-leão selvagem, poderá cultivá-lo no seu jardim; dá-se muito bem em relvados, quando estes são deixados sem cortar pelo menos 15 dias, dando tempo para as plantas se se desenvolverem o suficiente e serem colhidas com um tamanho razoável.

Referências:

http://www.herbs2000.com
http://www.naturalnews.com
http://www.pfaf.org
http://www.wildman.com
The Herb Book, Lust, John, 1974, Benedict Lust Publishing
The Encyclopaedia of Healing Foods, Murray, Michael and Pizzorno, Joseph, 2006, Time Warner Books
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