sexta-feira, 22 de abril de 2011

Composto extraido do tomate pode prevenir trombose

Por Mondarto



Um ingrediente extraído do tomate pode melhorar a circulação sanguínea e diminuir o risco de trombose. A afirmação é da fabricante holandesa DSM, que acaba de desembarcar no Brasil para vender a fórmula elaborada com compostos extraídos do tomate.

O concentrado de tomate tem nucleotídeos, flavonoides e polifenois e já é adicionado a produtos nos Estados Unidos e na Europa, com autorização dos governos. Um exemplo é a bebida Relaxzen, utilizada por pessoas que fazem longas viagens de avião e, por isso, correm maior risco de formação de coágulos.

O produto ativo foi lançado no Brasil, mas ainda não há nenhuma mercadoria comercializada com o ingrediente na fórmula. De acordo com a fabricante holandesa, depende do interesse de alguma indústria de alimentos.

Segundo Bernd Mussler, pesquisador da DSM, estudos com cerca de 300 pessoas comprovam a eficácia do composto, patenteado com o nome de Fruitflow.

A principal ação do ativo aconteceria na inibição da agregação plaquetária na etapa da coagulação do sangue. E inibir a agregação plaquetária é um mecanismo reconhecido para diminuir risco de doença cardiovascular.

Como não é um produto final, não precisa de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, caso seja usado na fórmula de alguma bebida, por exemplo, precisará do aval da vigilância. A agência proíbe embalagens de alimento funcional de informar que o produto previne ou cura doenças, porque concentrados de alimentos não podem ser usados como remédios.

Jaime Farfan, professor de engenharia dos alimentos da Universidade de Campinas (Unicamp), explica que os flavonoides ajudam na circulação sanguínea, mas isso não é propriedade exclusiva do tomate. O professor diz ainda que há muitos alimentos com flavonóides e é muito mais seguro consumir vegetais do que ingerir um composto concentrado. A ação não vem apenas de um componente, finaliza.

Outro profissional, o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital São Luiz, em São Paulo, declara que os estudos até agora não são conclusivos. Faltam informações sobre qual seria a molécula ativa e a dose ideal, conclui.
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