quinta-feira, 14 de março de 2013

Cebola: Se surpreenda com suas propriedades


A cebola pertence à família das “liliáceas” e subfamília das “alioídeas”, seu nome científico é “allium cepa”, procedente da Ásia Ocidental é também muito comum na Europa e na América, seu período de safra é de setembro a março. Oferece sabor especial a quase todos os tipos de pratos é considerada a base de todos os temperos, há três tipos principais de cebola: a cebola amarela, a branca e a vermelha, quando for comprar observe sua uniformidade e o brilho da casca.


A exemplo do alho, a cebola contém óleo essencial de enxofre que participa em diversas combinações orgânicas, em especial nas sulfamidas que com a penicilina constituem um meio mais eficaz de combater ás enfermidades infecciosas. Participa ainda em outros compostos como fósforo, flúor, potássio, ácido salicilico, secretina, glicoquina e vitaminas B e C. Apresenta na sua composição a presença de um óleo essencial, com sulfeto de alilo, que provocam o sabor e o cheiro característicos da cebola.

Segundo a “Enciclopédia Saúde, as cebolas contém 87,6% de água, 0,3% de gorduras, 1,6% de proteínas, 9,9% de hidratos de carbono, 0,8% de celulose, 0,6% de cinzas, e cerca de 45 calorias a cada 100 gramas é escassa em hidratos de carbono e auxilia na dieta alimentar de obesos e diabéticos.

Propriedades terapêuticas: A cebola possui alto poder desinfetante antiinflamatório e bactericida, pode ser utilizado como antídoto em picadas de aranhas, cobras, elimina parasitas causadores de putrefações e focos purulentos, expulsa os agentes nocivos da região afetada, pode ser utilizada também em furúnculos juntamente com o mel.

Nas infecções de garganta, coriza, para eliminar catarros, rouquidão, afonia e reumatismo. Em enfermidades infecciosas e inflamatórias como: varíola, tifo, sarampo, escarlatina, febres, gripes, pneumonias, pleurisias, amidalites, rouquidão, eczemas, contra caspa e queda do cabelo.
Exerce ação benéfica ao organismo como um todo: esôfago, garganta, estômago, intestinos, fígado, rins, sangue, pele, cérebro. Macerada adicionada de mel cura asma e bronquite. Age também no combate a angina, arteriosclerose, alergias, câncer, colesterol, diabetes, doenças cardiovasculares, da pele, hipertrofia, infarto, intestino, próstata, rins, trombose, vesícula, pâncreas e tumores em geral.

A cebola é a base de todos os temperos, combina e oferece um sabor especial a quase todos os tipos de pratos.

Pode ser considerada como auxiliar do organismo na defesa contra infecções, eliminando ao mesmo tempo eventuais substâncias tóxicas através dos rins, resultado da ação dos seus sais minerais, principalmente o Fósforo, Ferro e Cálcio e vitaminas do Complexo B e vitamina C.

É indicada para abrir o apetite, regulariza enfermidades do estômago, é ótima contra prisão-de-ventre, inchaços de qualquer natureza, problemas de pele, garganta, ossos (reumatismo), intestino e,é ainda, diurética.

O caldo de cebolas fervido, e com mel, é eficaz contra resfriados, gripes, tosse, bronquite e asma. Ela também depura o sangue e o fígado de substâncias tóxicas e aumenta a diurese.

Rica em elementos protetores contra infecção, é a pior inimiga dos vermes intestinais, eliminando, ao mesmo tempo, eventuais substâncias tóxicas através dos rins. Essas propriedades, entretanto, se perdem quando a cebola é cozida.

Ótima contra cálculos biliares, a cebola remove ainda as obstruções das vísceras e limpa as vias respiratórias. Crua, colocada sob o nariz, ela corta hemorragias nasais.

Aplicado topicamente, o suco de cebola é muito bom para as picadas de aranhas, abelhas e vespas, enfim, de insetos em geral. A cebola também é um excelente preventivo do enfarte. Frita ou assada, ajuda a dissolver coágulos sanguíneos. Para quem sofre de acidez estomacal ou formação de gases a cebola crua não é recomendada.

A cebola não apresenta grandes problemas para sua compra. Os únicos cuidados são: verificar sua consistência, uniformidade e brilho da casca.

Para evitar irritação nos olhos quando se corta uma cebola, basta colocar na ponta da faca um pedaço de pão (ele absorve boa parcela do cheiro e dos gases soltos), ou então, coloque a cebola na geladeira por uns 10 minutos, ou ainda, molhe-a em água fervente.

Seu período de safra é de setembro a março.

Cem gramas de cebola fornecem 39 calorias.

Pesquisas feitas em vários países garantem que cebola ajuda a prevenir vários tipos de câncer, rotege contra doenças cardiovasculares e, como fosse pouco, inibe a ação de fungos e bactérias

Muita gente não suporta o cheiro penetrante e o sabor inconfundível da cebola, principalmente quando ela se apresenta crua sobre o prato. Se esse é o seu caso, tomara que, depois de ler esta reportagem, você deixe de lado a mania de separar pedacinho por pedacinho do vegetal do restante da comida e experimente sem cara feia a mais acebolada das receitas. Afinal, em um mundo científico cada vez mais voltado para descobrir a relação dos alimentos com a prevenção de doenças, o vegetal ganha pontos.

Roxa
Das cerca de 50 variedades disponíveis no Brasil, só cinco têm essa tonalidade. Em alguns países as cebolas roxas são as preferidas. Mas quer saber? Do ponto de vista funcional, parecem conter menos substâncias benéficas do que as amarelas.

Amarelada
As de tonalidades claras e as mais escuras são menos ardidas e, por isso, comuns na cozinha doméstica. Já as brancas costumam ser industrializadas na forma de cebola desidratada ou em conserva.
"Entre quem come o equivalente a uma cebola durante a semana, a probabilidade de desenvolver um câncer qualquer chega a ser 14% menor", revela em entrevista à SAÚDE! a pesquisadora Carlotta Galeone, que, com seus colegas do Instituto de Pesquisa Farmacológica Mario Negri, em Milão, na Itália, avaliou fi cha médica por fi cha médica de centenas de voluntários, divididos, é claro, em duas turmas — a dos avessos à cebola e a dos que encaravam comê-la crua. Não foi por acaso que fizeram a comparação. Eles queriam avaliar os benefícios da hortaliça para a saúde, uma vez que a cozinha de seu país usa e abusa do ingrediente.

Já existiam, é bem verdade, estudos ligando seu consumo à diminuição do risco de tumores de estômago, intestino e próstata. Os cientistas de Milão, porém, expandiram essa visão. Na sua amostragem, não só esses, mas todo tipo de tumor era mais comum no primeiro grupo — o dos sem-cebola.

Outra descoberta dos italianos: a proteção parece ser proporcional às porções ingeridas. Assim, duas cebolas semanais são sufi cientes para derrubar em 56% o perigo do câncer de laringe, em 43% o de ovários e em 25% o de rins. E aqueles que comem com gosto muitos anéis distribuídos pela salada do almoço e do jantar, em quantidade correspondente a uma cebola inteirinha por dia, estão ainda mais resguardados. "Aí, as chances de câncer colorretal são 56% menores e o de boca, 88%", assegura Carlotta. E não foi só isso o que a ciência confi rmou nos últimos tempos.

Sabe-se que a cebola dificulta a ação das bactérias, inclusive as causadoras da cárie e dos distúrbios gástricos, além de atuar contra fungos que provocam micoses, amenizar os sintomas da asma, combater inflamações e diminuir os riscos de trombose e aterosclerose. Um dos últimos trabalhos reafirmando essas qualidades é assinado pelo Ministério da Agricultura do governo da Austrália. Porcos com dieta rica em gorduras tiveram seus índices de triglicérides reduzidos em 15% quando a cebola foi incluída no cardápio.
O próximo passo, agora, é descobrir qual seria a melhor cebola para uma vida mais longa e saudável. Ora, são mais de 600 espécies! À primeira vista todas são parecidas do ponto de vista nutricional, reunindo numa só rodela cálcio, fósforo, magnésio, ferro, potássio, zinco, cobre, manganês, vitaminas do complexo B — principalmente B1 e B2 — e vitamina C. Na prevenção de doenças, o poder de fogo dos membros da vasta família Alliaceae pode variar — ou nem tanto.

Apesar de consumirmos menos cebolas do que os italianos, nós, brasileiros, estamos acostumados ao seu paladar. A cebolinha verde, por exemplo, muito usada como tempero, é tida como um broto de cebola, quando é mais uma variedade dela. Cebola ou cebolinha, o bulbo pode ir para a panela ou para a saladeira — "assim como as folhas de algumas variedades", acrescenta Valter Rodrigues Oliveira, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas de Hortaliças da Embrapa, com sede em Brasília. — "assim como as folhas de algumas variedades", acrescenta Valter Rodrigues Oliveira, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas de Hortaliças da Embrapa, com sede em Brasília.

O médico Edson Credídio, que é diretor da Associação Brasileira de Nutrologia, recomenda consumir o vegetal cru, já que o calor do cozimento ou da fritura destrói seus compostos benéficos. A Embrapa está desenvolvendo uma variedade de cebola isenta de substâncias que provocam choro e mau hálito, mas é provável que a novidade não produza tantos bons efeitos. Então, encare o bafo, o ardor e as lágrimas com alegria. Tudo pode ser uma questão de treinar o paladar para sabores picantes.


Para amenizar o sabor
Alguns truques amenizam o ardor sem acabar de vez com os compostos benéficos

1. Calorzinho bom
Mergulhe as rodelas em água bem quente, mas no máximo por três minutos. Depois escorra e acrescente à salada ou ao molho.

2. Nada de lágrimas
Existem muitos truques para descascar e cortar a cebola sem chorar na cozinha. Tem até gente que põe um palito na boca, com a ponta do fósforo voltada para fora, e jura que funciona. Mas o que é garantido mesmo é cortá-la debaixo d'água.

3. Banho tira gosto
Lave a cebola em meio copo de água com açúcar. E se você enjoar de comer só na salada, experimente fazer conservas com aquelas variedades menores.

por Cida de Oliveira
imagem:www.efecade.com.br
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