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terça-feira, 10 de junho de 2008

Arnica

(Arnica montana)

Por: Rose Aielo Blanco

Seus poderes são conhecidos desde a Idade Média - a arnica (Arnica montana) é originária das regiões montanhosas do norte da Europa e desde tempos remotos é usada na cicatrização de ferimentos graças às suas propriedades regeneradoras de tecidos. Em aplicações mais específicas, é também indicada para combater febres, hemorragias, desinterias, infecções renais, inflamações oculares, problemas circulatórios e cardíacos.

Os mais idosos certamente conhecem os poderes da arnica: há uns bons anos, não havia "farmácia caseira" que não tivesse pelo menos um vidrinho de tintura ou pomada de arnica para socorrer depois de uma pancada ou contusão. A receita dos vovôs agora tem comprovação científica: pesquisa realizada na Universidade Federal do Paraná comprovou a eficiência da arnica para tratar machucados, especialmente aqueles com marcas roxas. A responsável por essa eficiência é a presença de uma substância chamada 'quercitina', capaz de aumentar a resistência dos vasos e a irrigação sangüínea nos locais machucados, diminuindo o coágulo e eliminando a mancha roxa. Outra substância - a inolina - funciona como um analgésico, aliviando a dor da pancada.

Popularmente, a arnica recebeu diversos nomes: quina-dos-pobres, tabaco-dos-alpes, tabaco-da-montanha, erva-dos-pregadores, etc. Há controvérsias sobre origem do nome "Arnica", embora muitas referências indiquem que seja uma deformação da palavra grega 'ptarmica', que significa "que faz espirrar". O nome "quina-dos-pobres" teria surgido no século XIX, em razão das suas propriedades antitérmicas.

Planta da família das Compostas, a arnica é um arbusto perene, que produz floradas abundantes de cor amarelo-ouro ou alaranjado. As pétalas ovaladas e pontudas exalam um suave perfume. Os frutos são pardos. As flores e as raízes são as únicas partes da planta que podem ser aproveitadas para fins medicinais e cosméticos. Por ser uma planta originária dos solos ácidos das montanhas européias, o cultivo da Arnica montana no Brasil é de adaptação muito difícil. Por aqui, existem muitas plantas chamadas popularmente de arnica, mas na verdade são espécies diferentes e não têm a mesma aplicação terapêutica.

A milagrosa florzinha, no entanto, deve ser utilizada com cautela. Recomenda-se utilizá-la para uso interno apenas sob supervisão médica. Nunca se deve fazer chá com as folhas da arnica, pois elas apresentam componentes altamente tóxicos. As farmácias homeopáticas preparam medicamentos seguros a partir das raízes da arnica, que são largamente utilizados. Já para o uso externo, as precauções podem ser reduzidas. Existem no mercado vários medicamentos indicados para uso externo preparados à base de arnica que podem ser usados para tratar machucados, contusões musculares, artrite, dores reumáticas e até para auxiliar no tratamento das varizes.

Na cosmética, a arnica é empregada para combater a oleosidade e queda excessiva dos cabelos, rachaduras e hematomas na pele e tratar irritações da pele dos bebês (na forma de talco). Para aplicações externas, você pode preparar a tintura e o óleo medicinal em casa. É só adquirir as flores secas em farmácias ou lojas especializadas. Mas atenção: cuidado com as falsificações, peça a arnica pelo nome científico - Arnica montana - e não aceite substituições.

Arnica montana

E aqui vão duas receitas do tempo da vovó:

Óleo Medicinal à base de Arnica
100 g. de flores secas de Arnica montana;
7 colheres (sopa) de azeite de oliva
Faça uma mistura com os dois ingredientes, coloque numa vasilha tampada e leve ao fogo em banho-maria, por 3 horas. Depois disso, coe e esprema bem o resíduo para retirar todo o extrato. Recomenda-se usar o óleo ainda morno, nos casos de dores reumáticas e musculares.

Tintura de Arnica para contusões, hematomas e dores reumáticas
1 parte de flores secas de Arnica montana;
5 partes de álcool de cereais (pode ser adquirido em lojas de produtos naturais ou em farmácias de manipulação)
5 partes de água
Coloque as flores secas de molho na mistura de álcool e água. Deixe descansar por 15 dias, agitando de vez em quando. Evite deixar o recipiente próximo à luz. Coe num pano limpo, espremendo bem e coloque num vidro escuro bem tampado. Recomenda-se utilizar a mistura antes de completar 1 ano, mantendo-a guardada em local escuro. É indicada apenas para uso externo.

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