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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Laranja ajuda no combate ao alto colesterol e ao diabetes


 

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) esta se destacando nas pesquisas na área da saúde. E recentemente, estudos importantes feitos por doutores da universidade sobre a influência da alimentação na saúde, têm tido reflexos muito positivos.

"De frutos cítricos, como a laranja, nós extraímos um flavonóide denominado naringina. Ele serve para reduzir gordura e açúcar no sangue. Baixa tanto o colesterol quanto diminui o diabetes. Temos pesquisas na fase pré-clínica, com animais de laboratório, e na fase clínica, com humanos, comprovando seus efeitos", afirma a doutora em ciência Tania Toledo de Oliveira, da UFV.

Além da laranja, o repolho roxo e a uva, seriam os detergentes naturais para limpar o sangue? Os cientistas acreditam que sim. Já conseguiram extrair da uva e do repolho roxo uma substância que reduz em mais de 70% a gordura no sangue. E mais outra grata surpresa: o urucum também pode ajudar a combater o colesterol ruim.

"A população, naturalmente, já consome essa substância em grandes quantidades em algumas regiões, principalmente Norte e Nordeste, e ela tem esse efeito benéfico", comenta Tania Toledo.

E as novidades ainda mais surpreendentes estão para ser anunciadas pela equipe da doutora Tânia Toledo. "Nós temos pesquisas com mais oito medicamentos para câncer, diabetes e nível alto de colesterol no sangue", revela.

Outra conquista está para ser anunciada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A substância que pode se transformar em remédio é uma casca encontrada em mangues. Até agora, os testes feitos em animais comprovaram que no caso de úlcera gástrica o resultado do mangue vermelho é o mesmo do tratamento convencional, aquele que utiliza medicamentos já conhecidos. Só que existe uma diferença muito importante: a dose para a cura da úlcera é 60 vezes menor.

"Sabemos que quanto maior a dose utilizada de determinado medicamento maior é a quantidade de efeitos colaterais possíveis. No caso do mangue vermelho, nós usamos doses extremamente baixas. Portanto, a chance de encontrarmos efeitos colaterais acaba sendo menor", esclarece a doutora em farmacologia Alba Monteiro, da Unicamp.

Desde 2006 o mangue vermelho vem sendo estudado pelos pesquisadores da Unicamp. Os testes em humanos devem começar em breve.

"O conhecimento popular conta em todas as fases. É um bem extremamente valioso. O que fazemos não é questionar o conhecimento popular, e sim reconhecê-lo", ressalta o biólogo Felipe Meira de Faria, da Unicamp.

Dizem que a natureza é pródiga. E as plantas confirmam o poder ela tem. Até para nos deixar mais jovens. A pariparoba, uma planta nativa da Mata Atlântica, está tendo suas qualidades cientificamente comprovadas pelos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

"Na luz verde, conseguimos ver uma mancha escura. É um composto antioxidante já conhecido da pariparoba. Ela não é um filtro solar, e sim um antioxidante. Precisamos 25 vezes menos desse extrato do que da vitamina E para fazer a mesma reação", explica a doutora em farmácia Cristina Dislich Ropke, da USP.

E os cientistas nos alegram: com a paribaroba, também conhecida como caopeba ou água-xima, quem sabe podemos encontrar a fonte da juventude um adeus às rugas?
Fonte: Globo Reporter

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Soja à mesa


Consumida diariamente, o grão rico em nutrientes, atua na prevenção e tratamento de doenças.

Nutritiva e saborosa, a soja já ocupa lugar cativo na mesa de muitos brasileiros. Estudos mostram que este grão, conhecido há mais de cinco mil anos, no Oriente, traz benefícios para a saúde, auxiliando em tratamentos e na prevenção de algumas doenças. Muitas indústrias alimentícias resolveram investir neste filão e apostaram na diversidade: hoje, as prateleiras dos mercados oferecem diversidade em produtos à base de soja. Sucos, carne, leite, queijos.

Ao ingerir as proteínas da soja, atua-se diretamente contra o inimigo número um do coração - o colesterol. Tudo isso por conta da genisteína, uma substância que impede a formação de coágulos e o crescimento das células que formam placas nesses vasos sangüíneos.Na prevenção do câncer de mama, próstata, colón, reto, estômago e pulmão, assim como na redução dos incômodos da menopausa, a soja também é aliada.

Com derivados ricos em cálcio, o grão tem papel importante na prevenção da osteoporose, doença que causa o enfraquecimento dos ossos. No combate ao diabetes, os alimentos da soja atuam reduzindo a absorção de glicose para a circulação sangüínea. Tudo isso, porque apresentam abundância de fibras. E mais: são particularmente úteis porque facilitam a ação da insulina.

Equipe Bem Star

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ÓLEO DE AMENDOIM: O AMIGO DO CORAÇÃO

www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Carolina Bispo
08-Nov-2009

Composto auxilia na redução do colesterol, é rico em vitaminas e preserva o sabor natural dos alimentos

Como diz o ditado "O hábito faz o monge", são os pequenos costumes saudáveis que proporcionam a melhoria na qualidade de vida das pessoas. Trocar, por exemplo, o uso de gorduras pesadas por similares mais leves durante a preparação dos alimentos é uma maneira de não apenas evitar problemas para a saúde, mas também de contribuir com uma melhor degustação dos alimentos.

Com a crescente preocupação das pessoas em se manter a saúde em dia, sobretudo nas questões nutricionais, e ao mesmo tempo não perder o prazer durante a refeição, é preciso escolher os ingredientes apropriados para que essa receita dê certo. Um tipo de gordura que pertence à escala de ingredientes que unem o útil ao agradável é o óleo de amendoim, que pode ser usado no preparo das mais diversas receitas, preservando o bem-estar do organismo e o sabor dos alimentos.

Reduz o colesterol e previne doenças cardíacas

Sabe-se que o colesterol em excesso é extremamente prejudicial ao coração. Importantes pesquisas têm demonstrado que o uso do óleo de amendoim pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Segundo um estudo realizado pela Universidade do Estado da Pensilvânia, substituindo-se 50% da gordura derivada de óleos de soja, milho ou animal, por gorduras provenientes do amendoim, é possível reduzir significativamente a produção do colesterol ruim no sistema sanguíneo.

Segundo o Dr. Penny Kris Etherton, responsável pelo departamento de nutrição da Universidade, isto ocorre porque o óleo de amendoim é combinado de altos índices de gordura monoinsaturada - que aumenta o colesterol sadio - e baixos índices de gordura saturada - encontradas na gordura animal, ricas em colesterol ruim.

De acordo com a nutricionista Gislaine Arantes Sales Anvanello, este produto não contém gorduras que entopem o miocárdio, como em outros óleos. "O consumo do óleo de amendoim é uma excelente forma de se combater o principal vilão do coração, o colesterol alto, evitando, assim, doenças cardiovasculares", afirma.

Importante fonte de energia e vitaminas

O óleo de amendoim também se destaca pela rica base de nutrientes que possui. Composto pelos nutrientes E, K e Ômega, é um oleaginoso com alto valor energético.

A vitamina E, por exemplo, é um poderoso antioxidante capaz de defender o organismo das agressões externas e ajudar na absorção da vitamina A. Já o Ômega 6, um ácido gordo poliinsaturado, é essencial na estruturação das membranas celulares do organismo, no sistema de coagulação (prevenindo as hemorragias) e na proteção da pele.

A nutricionista Gislaine Anvanello menciona que uma das principais características do óleo de amendoim é o altíssimo teor de vitamina E. "Por causa desta vitamina, ele é responsável pela eliminação de radicais livres que podem danificar células sadias no organismo", diz.

Segundo a especialista em alimentos e dietas naturais Silvia Amaral, o óleo de amendoim tem cerca de 28% de proteína em sua composição e por isso sua carga energética é tão intensa. "Este óleo é útil no combate e prevenção a doenças de pele, para o metabolismo e é usado também contra infecções", afirma.

Não interfere no sabor natural dos alimentos

Diferente de outros, o uso do óleo de amendoim não interfere no sabor dos alimentos. O preparo das refeições pode ser feito sem que o óleo absorva o sabor da comida e o transfira para outros alimentos, mantendo, desta forma, o sabor natural dos ingredientes. Outro fator interessante é que o óleo possui um alto ponto de fumaça, ou smoke point. O que significa que a sua temperatura se mantém alta por mais tempo, proporcionando economia para o consumidor. O uso desse composto é ideal para cozinhar, fritar, temperar saladas e também como margarina.[14]

Consumir óleo de amendoim pode ser uma opção mais saudável, durável e econômica comparada aos outros tipos. Mas, a especialista em alimentos e dietas naturais, Silvia Amaral, alerta que o produto não pode ser hidrogenado. "Pois perde as propriedades e começa a fazer mal", conclui.

domingo, 8 de novembro de 2009

Plantas 'alternativas' podem suprir deficiência de hortaliças no Amazonas

08/11/09 - 07h00

Clima e solo da região são inadequados para cultivos tradicionais.
Espécies nativas têm nutrientes que complementam a alimentação.
Mariana Fontes - Do Globo Amazônia, em São Paulo

Alimentos comuns no dia-a-dia de muitos brasileiros, como a alface, o tomate e a batata inglesa, não costumam fazer parte das refeições no Amazonas. Essas plantas tradicionais, consumidas na maior parte do Brasil, foram trazidas de outros países e se adaptaram bem ao clima e à terra de diversas regiões do país, como o Sul e o Sudeste. No Amazonas, entretanto, elas não obtiveram o mesmo sucesso.

O clima quente e úmido da região amazônica e o solo, ácido e carente em nutrientes, impossibilitam certos cultivos. Além das condições inadequadas para o plantio, os moradores do Amazonas não desenvolveram a tradição de consumir essas hortaliças convencionais.

Foto: Valdely Kinupp/Arquivo pessoal

O feijão-macuco é nativo da Amazônia. (Foto: Valdely Kinupp/Arquivo pessoal)

“Os povos indígenas desconhecem essas plantas, já que muitas foram trazidas de fora do país. Por isso, a população do Amazonas não se acostumou a comer esses alimentos”, explica o professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), Valdely Kinupp.

A ausência de certas culturas pode ser compensada por plantas menos conhecidas ao redor do país, as chamadas hortaliças-não convencionais. Muitas dessas hortaliças são nativas da Amazônia e aclimatadas ao clima e ao solo da região. São exemplos de espécies amazônicas a ária (Calathea allouia), feijão-macuco (Pachyrhizus tuberosus), taioba-branca (Xanthosoma sagittifolium) e araruta (Maranta arundinacea).

Foto: Valdely Kinupp/Arquivo pessoal

A taioba tem alto valor nutricional. (Foto: Valdely Kinupp/Arquivo pessoal)

Segundo o professor Valdely, as hortaliças não-convencionais amazônicas são fundamentais para complementar a dieta alimentar na região, pois apresentam ainda mais nutrientes que as plantas convencionais.

“O caboclo consome muito amido, presente no arroz, na farinha e no macarrão. As hortaliças não-convencionais são ricas em zinco, manganês, ferro e cálcio, ausentes em boa parte da alimentação regional”, diz.

Outra vantagem das hortaliças alternativas da Amazônia é que elas podem ser plantadas em espaços onde já existem árvores frutíferas, sem a necessidade de desmatar novas áreas. Essa forma de agricultura ajuda, portanto, a desenvolver a economia da região de forma sustentável. O cultivo de hortaliças não-convencionais também é uma maneira de aproveitar a biodiversidade brasileira, segundo Valdely.

Foto: Valdely Kinupp/Arquivo pessoal

A ária é um exemplo de hortaliça não-convencional. (Foto: Valdely Kinupp/Arquivo pessoal)

“Se você viaja pelo Brasil, boa parte do que a gente consome vem de fora. Nós falamos em biodiversidade, mas, do ponto de vista alimentício, a gente não cria nossas próprias espécies. A cultura dessas hortaliças alternativas é uma forma de valorizar nossa riqueza nativa”, diz Valdely Kinupp.

Quem quiser conhecer de perto as hortaliças não-convencionais pode visitar o Jardim Botânico Adolpho Ducke, em Manaus. O endereço é Avenida Uirapuru, Bairro Cidade de Deus, Manaus (AM). O parque é aberto de terça-feira a domingo, das 8 às 16 horas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

AGRIÃO (Nasturtium Officinale R. Br.)


Nasturtium Officinale R. Br.
CRUCÍFERAS
Para aproveitar o Maximo as propriedades do agrião, é necessário utilizá-lo muito fresco e verde e lavá-lo previamente, pois é suscetível de transmitir ao homem uma doença parasitaria, a distomatose. Se essas regras forem devidamente cumpridas, sem duvida a planta merece a designação de “saúde do corpo”, que lhe é atribuída nos meios rurais da França. É uma pequena planta perene, aquática, cujo cheiro picante determinou seu nome cientifico Nasturtium, que deriva da expressão latina (nasus tortus), nariz torcido.
O agrião é uma planta de grande valor medicinal, pois sua riqueza em vitaminas e sais minerais confere-lhe propriedades de excelente estimulante e antiescorbútico. A espécie cultivada tem as mesmas propriedades. Para encontrar em locais que não é cultivado, são necessários longos percursos pelos prados úmidos, até conseguir colhe-lo numa nascente, fonte ou pequeno regato.
É freqüente encontrar próximo deste o falso agrião, uma umbelífera semelhante ao aipo (Heloscyadium nodiflorum) que não é venenosa, embora seja aconselhável eliminá-la logo que identificada. Suas flores estão dispostas em umbelas, e seus folíolos dentados adelgaçam-se progressivamente. Ao prová-lo, é mais fácil distingui-lo do agrião.
A utilização do agrião deve ser interrompida se surgir irritação dolorosa na vesícula.

HABITAT: Europa; aclimatada no Brasil; locais úmidos, nascente, regatos, valas; até 2.000 m.
IDENTIFICAÇÃO: de 10 a 80 cm de altura.
Perene, caule prostrado, redondo, carnudo, glabro, parte inferior rastejante na água, folhas verde-escuras, carnudas, glabras, pinuladas, com folíolos arredondados ou ovais, sendo o terminal freqüentemente maior; flores brancas, pequenas, em cacho denso, 4 sépalas iguais, 4 pétalas em cruz, 4 estames compridos e 2 curtos; silíqua curta contendo 4 fileiras de sementes; raízes adventícias nas zonas rastejantes dos caules. Cheiro picante; sabor picante.

USOS E PROPRIEDADES
Rico em vitaminas, alem de conter fósforo, ferro, iodo e cálcio, é utilizado como depurativo, diurético, estimulante e antitérmico. Indicado também contra afecções dermatológicas, como acne, sarda e dermatose.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Mamão....mais um alimento precioso que deve fazer parte da alimentação


www.ajudas.com

Mamão
Uma fruta saudável

O mamão é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo seu poder medicinal. Um dos seus mais importantes princípios é a papaína, uma enzima reconhecida como superior à pepsina e muito usada para prestar alívio nos casos de indigestão aguda. Também tem efeitos benéficos sobre os tecidos vivos.

Uso Medicinal
Observando ao microscópio, o mamão revela possuir grandes glóbulos de gordura. O exame microscópico mostra também que o mamão encerra um fermento solúvel, a papaína, mais abundante no fruto verde do que no maduro. Daí a prática, aliás muito comum, de riscar o fruto longitudinalmente, para apressar-lhe a maturação, pois as incisões eliminam grande porção do látex nele contido.

Deitando-se um mamão maduro na água, de modo a desfazer-se, se obtém uma solução mucilaginosa, a qual, filtrada, precipita uma substância que produz uma goma amarela, sem gosto e sem cheiro especial e que, em presença dos ácidos diluídos, se transforma em glicose.


Fruto
O mamão maduro é digestivo, diurético, emoliente, laxante, refrescante, etc.
O Bureau of Plant Industry, do Departamento de Agricultura dos Estado Unidos, publicou: “O mamão possui peculiares e valiosas propriedades digestivas que o tornam de grande valor na dieta.”
Alguns médicos ensinam que:
“O mamão maduro, esfregado sobre a pele, ajuda a eliminar as manchas, suaviza a cútis áspera e evita as rugas produzidas pela idade. As mulheres nativas consideravam o suco de mamão como seu melhor cosmético.”

Látex
O “leite” que se obtém ao cortar o mamão, é tido como excelente altelmíntico (combate vermes), tendo também outras aplicações.

Flores do Mamoeiro Macho
As flores têm grande aplicação como remédio para combater a rouquidão, a tosse, a bronquite, a traqueíte, a laringite. Coloca-se um punhado de flores, com um pouco de mel, numa panela ou vasilha resistente à água fervente. Deita-se por cima um copo de água a ferver. Tapa-se bem. Deixa-se esfriar. Toma-se às colheradas, de hora em hora.

Sementes
Muitos sabem que a semente do mamão é um bom vermífugo, mas ignoram que ela tem igualmente outras aplicações na medicina doméstica.

Afirma-se que...
... as sementes comidas em certa quantidade são recomendadas contra o câncer e proveitosas contra a tuberculose.
... umas 10 ou 15 sementes frescas, bem mastigadas, favorecem eficazmente a excreção da bílis, actuam contra as enfermidades do fígado e limpam o estômago.
... as sementes secas e moídas, em cozimento, constituem um bom carminativo, um magnífico emenagogo e um vermífugo de primeira ordem.
... contra os vermes intestinais emprega-se, de uma só vez, uma colherzinha ou mais, de sementes pulverizadas, misturadas com mel de abelha. Repete-se a dose duas ou três vezes ao dia.

Raízes
As raízes do mamoeiro, em decocção, são um tónico para os nervos e um remédio para as hemorragias renais.
Também possui propriedades antelmínticas. Cozinha-se um punhado em uma ou duas xícaras de água, adoça-se com mel, e toma-se durante o dia.

Folhas
As folhas do mamoeiro têm aplicação no preparo de um chá digestivo, que pode ser dado livremente às crianças, visto ser inofensivo, não contendo teína ou mateína, como o chá-da-ribeira ou chá-mate.
Nos Estados Unidos, as folhas verdes do mamoeiro costumam ser secadas e reduzidas a pó, e empregadas na confecção de remédios digestivos.
O suco leitoso extraído das folhas oferece excelentes propriedades vermífugas, e tem também utilidades terapêuticas como digestivo e vulnerário. Em diversos lugares, os nativos o usam para tratar eczemas, verrugas, úlceras, chagas.
Valor Alimentício
O mamão, quando maduro, é uma fruta saborosa e nutritiva.
O fruto maduro, se é algo amargo, isto é, se contém doses apreciáveis de papaínas, possui boas qualidades digestivas.
O mamão é um alimento aperiente e ideal para o desjejum, pois contribui para satisfazer as exigências nutricionais do organismo, de manhã, e “limpa” o aparelho digestivo. Auxilia, além disso, na manutenção do equilíbrio ácido-alcalino do corpo e, nesta sua função, sobrepuja o próprio melão, que é considerado um dos melhores álcali-formadores.
O mamão presta-se para admiráveis combinações com outras frutas – figos, ameixas, uvas – frescas ou secas, podendo ser comido ao natural, ou com mel.
Quando o mamão não é muito doce, ou mesmo, quando é pronunciadamente amargo, não é necessário desprezá-lo; pode-se aproveita-lo para o liquidificador, em mistura com outras frutas e um pouco de mel, no preparo de uma saudável vitamina.

O mamão não deve faltar na alimentação diária das crianças, pois que lhes é muito benéfico para a saúde e lhes favorece o crescimento.
Na confecção de doces, geleias, compotas, xaropes, ou outras guloseimas, o mamão perde grande parte dos seus sais, das suas vitaminas, e das suas propriedades, pelo que se deve comê-lo, sempre que possível, cru.

O mamão verde dá um doce que toda dona de casa já experimentou fazer, mas o que nem todas sabem é que em diversos lugares o mamão verde é usado cozido, com sal, azeite, etc., como abóbora.
O centro meduloso do tronco do mamoeiro, raspado e secado, é uma guloseima semelhante ao coco ralado. Possui boas propriedades nutritivas. Em alguns lugares é aproveitado no preparo de rapaduras.

O mamão é rico em vitaminas e minerais, favorecendo quota generosa de vitamina A (pró-vitamina), vitaminas do complexo B e rico teor de vitamina C. Para aumentar o aproveitamento do ferro numa refeição, pode-se comer pão preto (integral de gergelim) com boa quantidade de mamão.


Resumo das Utilidades Medicinais

Acidose: Fazer refeições só de mamão. Mastigar algumas sementes.

Anginas: Cataplasma local com a polpa do mamão miúdo e ácido.

Arrotos: Ver flatulência.

Asma: Proceder como indicado em diurese.


Bronquite: Proceder como indicado em rouquidão ou em gripe.

Calos: Aplicar no local o “leite” do mamão, de preferência o “leite” das folhas.

Câncer: Comer em jejum, mastigando, cerca de 15 sementes de mamão. Após as refeições comer cerca de 10 sementes. Além deste, são necessários outros cuidados específicos.

Chagas: Proceder como indicado em feridas.

Constipação intestinal: Ver laxante.

Diabete melito: Com a devida orientação, pode-se incluir mamão na dieta.

Difteria: Além dos cuidados médicos indispensáveis, pingar na garganta, frequentemente, gotas do látex diluído em um pouco de água; gargarejar com este líquido.

Digestão, distúrbios da: Proceder como indicado em estômago.

Dispepsia: Proceder como indicado em estômago.

Diurese: Recomenda-se fazer refeições exclusivas de mamão ou de suco de mamão. Comer, juntamente, algumas sementes.

Eczemas: Proceder como indicado em feridas.

Erupções: Ver flatulência.

Estreasse: Proceder como indicado em nervos, tónico para os.

Estômago, doenças do: Recomenda-se usar mamão maduro em abundância, e fazer, esporadicamente, refeições exclusivas desta fruta. Mastigar umas 10 ou 15 sementes de mamão por dia.

Feridas: Aplicar no local o “leite” extraído das folhas.

Fígado, doenças do: Mastigas umas 10 ou 15 sementes de mamão após o almoço.

Flatulência: Proceder como indicado em estômago. Depois de secas, moer as sementes. Preparar um decoto com o pó, filtrar, e tomar morno meia xícara após as refeições.

Gastrite: Ver estômago.

Gripe: Infusão das flores do mamoeiro-macho com um pouco de mel. Tomar 2 a 3 xícaras por dia, mornas.

Icterícia: Proceder como indicado em diurese.

Inchações dos pés: Ver pés.

Influenza: Ver gripe.

Intestino, desordens do: Proceder como indicado em estômago.

Laringite: Proceder como indicado em rouquidão.

Laxante: Fazer refeições exclusivas de mamão, de preferência no desjejum. Comer, juntamente, algumas sementes.

Nervos, tónico para os: Picar a raiz do mamoeiro e preparar um decoto. Tomar duas ou três vezes ao dia.
Pele, para a beleza da, ou manchas e rugas da: Massagear diariamente a pele com mamão maduro.
Pés, inchaços e inflamações dos: Secar a polpa em um desidratador ou forno. Aplicar, pulverizado e misturado em um pouco de água e sal, na forma de cataplasma, sobre o local.

Prisão de ventre: Proceder como indicado em laxante.

Respiratórias, doenças: Proceder como indicado em tosse.

Reumatismo: Secar a polpa em um desidratador ou forno. Pulverizar e preparar um decoto com este pó. Filtrar e tomar 3 a 4 vezes por dia.
Rins, hemorragias dos: Proceder como indicado em nervos.

Rouquidão: Infusão das flores com um pouco de mel. Tomar uma colher de sopa de hora em hora.

Tosse: Picar bem o mamão, misturar com um pouco de mel, levar ao forno. Tomar o xarope que se forma cada vez que a tosse se manifestar. Proceder também como indicado em rouquidão ou em gripe.

Traqueíte: Proceder como indicado em rouquidão.

Tuberculose: Proceder como indicado em tosse. Comer regularmente após o almoço umas dez sementes de mamão.

Úlceras: Proceder como indicado em feridas.

Verminoses: Dissolver 15 gramas (ou uma e meia colher de sopa do suco leitoso do mamão (látex ou “leite”) em meia xícara de água adoçada com mel. O “leite” extraído das folhas é melhor. Meia hora depois, tomar purgante de óleo de rícino com suco de limão. Ou, moer as sementes secas, preparar um chá com este pó e tomar meia xícara em jejum. Ou, misturar as sementes pulverizadas com mel de abelhas e tomar três colheres de sopa ao dia. Ou, preparar um decoto das raízes do mamoeiro, adoçar com mel e tomar três xícaras por dia. Ou, tomar o chá das folhas do mamoeiro. Pode-se experimentar cada um desses procedimentos alternadamente.

Verrugas: Proceder como indicado em calos.

Vulnerário: Ver feridas.