Por Eduardo Luís Catharino
Engenheiro Agrônomo, mestre em Botânica e Pesquisador Científico do Instituto de Botânica de São Paulo
Família: Leguminosae-Mimosoideae
Espécie: Angico-branco (Anadenanthera colubrina); angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa).
Denominam-se de angicos, várias espécies de leguminosas-mimosoídeas de folhas miúdas, frutos alongados do tipo vagem ou legume (não confundir com legumes da alimentação), com sementes redondas e achatadas. Assim, temos o angico-rajado (Parapiptadenia rigida), o angico-branco (Anadenanthera colubrina), o angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata), o angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa), entre outras espécies próximas. Normalmente são árvores de médio a grande porte, comuns em capoeiras ou na colonização de áreas abertas, no inverno perdendo totalmente as folhas.
A espécie mais comum em nossa região é o angico-branco (Anadenanthera colubrina), encontrando-se boa parte das árvores em intensa florada entre novembro e janeiro. Suas flores diminutas são agrupadas em pequenos "pompons" brancos, por sua vez agrupados em cachos grandes, revestindo de branco as copas verdes (se não temos neve temos flores no Natal!). Possui tronco acinzentado, tortuoso e alto, com copa ampla de folhagem rarefeita, no total chegando aos 20-25 metros. Veja ilustração da espécie retirada da Flora Brasiliensis de von Martius (1896-1906).
Não é difícil localizá-lo nos capoeirões e matas da região, onde é também chamado de "angiqueiro". Normalmente associada ao angico-branco, temos em floração nesta época o "manacá-da-serra" (Tibouchina pulchra), aqui chamado de "natalzeiro", com suas flores brancas e roxas colorindo as capoeiras na época do Natal.
Também comum em nossa região temos o angico-vermelho, que brota com as primeiras chuvas de setembro, em seguida sendo coberto por numerosas inflorescências cremes globosas, muito procuradas pelas abelhas, assim como o angico-branco.
Sua casca é rica em taninos sendo já amplamente utilizada em curtumes. Sua resina (goma) possui aplicações medicinais e industriais. Sua casca amarga pode ser antidesintérica e útil na cura de úlceras. É expectorante energético e com várias aplicações medicinais. A tintura obtida de suas folhas é eficaz em golpes e comoções cerebrais. Possui madeira dura a pesada utilizável na construção naval e civil, dormentes de estradas de ferro, marcenaria, carpintaria, assoalhos e tetos, lenha e carvão. No passado, madeiras mais nobres acabavam sendo utilizadas e os angicos relegados. Hoje, com a escassez das espécies utilizadas, o angico volta a figurar nas madeireiras como opção para construção civil e telhados.
Sendo rústicos e adaptados à terrenos secos, são recomendados para recuperação ambiental, crescendo muito bem em solos pobres e degradados, podendo ser útil ainda na arborização urbana e no paisagismo.
Dicas: Como produzem grande quantidade de sementes e de fácil germinação, é possível produzir facilmente muitas mudas. As sementes retiradas das vagens devem ser postas para germinar em canteiros semi-sombreados, cobertas com leve camada de terra, irrigando-se 1 a duas vezes ao dia. Quando as mudas atingirem 4-6cm, devem ser transplantadas para saquinhos individuais. Como crescem rápido, não devem demorar mais de um ano para irem a campo, onde atingem facilmente os 5-6m, em 2-3 anos. Sendo de porte médio a grande, devem ser plantadas em locais com bastante espaço e recuadas pelo menos 5-10m das construções.
Engenheiro Agrônomo, mestre em Botânica e Pesquisador Científico do Instituto de Botânica de São Paulo
Família: Leguminosae-Mimosoideae
Espécie: Angico-branco (Anadenanthera colubrina); angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa).
Denominam-se de angicos, várias espécies de leguminosas-mimosoídeas de folhas miúdas, frutos alongados do tipo vagem ou legume (não confundir com legumes da alimentação), com sementes redondas e achatadas. Assim, temos o angico-rajado (Parapiptadenia rigida), o angico-branco (Anadenanthera colubrina), o angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata), o angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa), entre outras espécies próximas. Normalmente são árvores de médio a grande porte, comuns em capoeiras ou na colonização de áreas abertas, no inverno perdendo totalmente as folhas.
A espécie mais comum em nossa região é o angico-branco (Anadenanthera colubrina), encontrando-se boa parte das árvores em intensa florada entre novembro e janeiro. Suas flores diminutas são agrupadas em pequenos "pompons" brancos, por sua vez agrupados em cachos grandes, revestindo de branco as copas verdes (se não temos neve temos flores no Natal!). Possui tronco acinzentado, tortuoso e alto, com copa ampla de folhagem rarefeita, no total chegando aos 20-25 metros. Veja ilustração da espécie retirada da Flora Brasiliensis de von Martius (1896-1906).
Não é difícil localizá-lo nos capoeirões e matas da região, onde é também chamado de "angiqueiro". Normalmente associada ao angico-branco, temos em floração nesta época o "manacá-da-serra" (Tibouchina pulchra), aqui chamado de "natalzeiro", com suas flores brancas e roxas colorindo as capoeiras na época do Natal.
Também comum em nossa região temos o angico-vermelho, que brota com as primeiras chuvas de setembro, em seguida sendo coberto por numerosas inflorescências cremes globosas, muito procuradas pelas abelhas, assim como o angico-branco.
Sua casca é rica em taninos sendo já amplamente utilizada em curtumes. Sua resina (goma) possui aplicações medicinais e industriais. Sua casca amarga pode ser antidesintérica e útil na cura de úlceras. É expectorante energético e com várias aplicações medicinais. A tintura obtida de suas folhas é eficaz em golpes e comoções cerebrais. Possui madeira dura a pesada utilizável na construção naval e civil, dormentes de estradas de ferro, marcenaria, carpintaria, assoalhos e tetos, lenha e carvão. No passado, madeiras mais nobres acabavam sendo utilizadas e os angicos relegados. Hoje, com a escassez das espécies utilizadas, o angico volta a figurar nas madeireiras como opção para construção civil e telhados.
Sendo rústicos e adaptados à terrenos secos, são recomendados para recuperação ambiental, crescendo muito bem em solos pobres e degradados, podendo ser útil ainda na arborização urbana e no paisagismo.
Dicas: Como produzem grande quantidade de sementes e de fácil germinação, é possível produzir facilmente muitas mudas. As sementes retiradas das vagens devem ser postas para germinar em canteiros semi-sombreados, cobertas com leve camada de terra, irrigando-se 1 a duas vezes ao dia. Quando as mudas atingirem 4-6cm, devem ser transplantadas para saquinhos individuais. Como crescem rápido, não devem demorar mais de um ano para irem a campo, onde atingem facilmente os 5-6m, em 2-3 anos. Sendo de porte médio a grande, devem ser plantadas em locais com bastante espaço e recuadas pelo menos 5-10m das construções.
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