Pesquisadores brasileiros confirmaram que esta árvore é capaz de matar bactérias, brecar inflamações e acelerar a cicatrização
Por Débora Mamber
Foram os índios que perceberam o potencial da casca dessa árvore. Não para comer - seu gosto, assim como o de uma banana verde, dá aquela sensação desagradável de amarrar a boca. Daí o nome yba timó, na língua indígena sinônimo de "árvore que aperta". Foi essa mesma adstringência que tornou a planta um item indispensável do kit de primeiros socorros dos pajés.
O que eles sabem há tempos hoje está comprovado por pesquisas brasileiras: o barbatimão é um excelente cicatrizante e um poderoso agente contra bactérias, inflamações e até úlceras.
No ano passado, o farmacêutico João Carlos Polazzo de Mello concluiu uma longa pesquisa na Universidade Estadual de Maringá, no Paraná. Ele comprovou, em ratos, os efeitos do barbatimão propagados popularmente. "Antes, existia somente um trabalho, feito em Araraquara, que testou as propriedades da casca junto com a calêndula", conta.
Polazzo de Mello separou 48 roedores em dois grupos. Em cada um dos animais, fez duas feridas. No primeiro grupo, uma delas foi tratada com um creme sem efeito, chamado de pomada de base, enquanto na outra foi passado nebacetim, que, nas farmácias, é o cicatrizante campeão de vendas. Nos ratos do segundo grupo, um machucado também foi tratado com a pomada de base, mas o outro, com o extrato do barbatimão.
Durante 21 dias, o tempo normal de uma boa cicatrização, o farmacêutico mediu o diâmetro da ferida, analisou a formação de uma nova pele, novos capilares sangüíneos e o número de células de defesa. Resultado final dessa trabalheira toda: o barbatimão foi mais eficiente que o nebacetim em todos os aspectos analisados.
Um outro estudo, feito na Universidade Federal de Pernambuco, também demonstrou que a planta pode reparar o tecido danificado de ratos. "Essa propriedade se deve aos taninos presente na casca", afirma Adriana Karla de Lima, realizadora da pesquisa. "Por serem adstringentes, eles eliminam a água de dentro das células, provocando uma contração das fibras. Isso facilita a cicatrização e diminui as hemorragias", explica o biomédico Sergio Francesquini, de São Paulo.
Por Débora Mamber
Foram os índios que perceberam o potencial da casca dessa árvore. Não para comer - seu gosto, assim como o de uma banana verde, dá aquela sensação desagradável de amarrar a boca. Daí o nome yba timó, na língua indígena sinônimo de "árvore que aperta". Foi essa mesma adstringência que tornou a planta um item indispensável do kit de primeiros socorros dos pajés.
O que eles sabem há tempos hoje está comprovado por pesquisas brasileiras: o barbatimão é um excelente cicatrizante e um poderoso agente contra bactérias, inflamações e até úlceras.
No ano passado, o farmacêutico João Carlos Polazzo de Mello concluiu uma longa pesquisa na Universidade Estadual de Maringá, no Paraná. Ele comprovou, em ratos, os efeitos do barbatimão propagados popularmente. "Antes, existia somente um trabalho, feito em Araraquara, que testou as propriedades da casca junto com a calêndula", conta.
Polazzo de Mello separou 48 roedores em dois grupos. Em cada um dos animais, fez duas feridas. No primeiro grupo, uma delas foi tratada com um creme sem efeito, chamado de pomada de base, enquanto na outra foi passado nebacetim, que, nas farmácias, é o cicatrizante campeão de vendas. Nos ratos do segundo grupo, um machucado também foi tratado com a pomada de base, mas o outro, com o extrato do barbatimão.
Durante 21 dias, o tempo normal de uma boa cicatrização, o farmacêutico mediu o diâmetro da ferida, analisou a formação de uma nova pele, novos capilares sangüíneos e o número de células de defesa. Resultado final dessa trabalheira toda: o barbatimão foi mais eficiente que o nebacetim em todos os aspectos analisados.
Um outro estudo, feito na Universidade Federal de Pernambuco, também demonstrou que a planta pode reparar o tecido danificado de ratos. "Essa propriedade se deve aos taninos presente na casca", afirma Adriana Karla de Lima, realizadora da pesquisa. "Por serem adstringentes, eles eliminam a água de dentro das células, provocando uma contração das fibras. Isso facilita a cicatrização e diminui as hemorragias", explica o biomédico Sergio Francesquini, de São Paulo.
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