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terça-feira, 21 de junho de 2016

Abóbora e seus beneficios


A abóbora (Curcubita pepo), também chamada de jerimum no norte e nordeste de nosso país, é um vegetal da família das Cucurbitáceas, que se destaca sobretudo por sua riqueza em provitaminas A e pelo seu conteúdo em fosforo, cálcio e ferro.

Uso medicinal
Folhas: São boas contra a erisipela. Usam-se em fricções, da mesma forma como as flores.
Folhas frescas, contundidas, aplicam-se sobre queimaduras.
A seiva das folhas faz desaparecer verrugas.
Os pecíolos das folhas, fritos em azeite de oliva, aplicados em cataplasmas, ao peito, trazem bons resultados em casos de pneumonia.

Flores: Em fricções, dão bons resultados contra a erisipela, dissipando o inchaço.
Ligeiramente assadas e aplicadas ao ouvido, são eficazes contra as otites.

Sementes: São calmantes e refrescantes.
Em emulsão, prestam bons serviços nas inflamações do tubo digestivo, da bexiga e da uretra.
Para combater a bronquite, prepara-se uma emulsão da seguinte maneira: Tomam-se uns 50 gramas de sementes descascadas, moem-se com uns 20 gramas de açúcar e acrescentam-se uns 80 gramas de agua. Tomam-se várias colheradas por dia.
As sementes são empregadas também, eficazmente, contra a solitária, para cuja expulsão é preciso, na véspera, tomar 3 colheres, das de sopa, de óleo de rícino, e evitar toda alimentação. Descascam-se as sementes da abóbora com o cuidado de não tirar-lhes a película esverdeada quer envolve a amêndoa. Trituram-se 60 a 80 gramas de sementes descascadas e misturam-se com igual quantidade de açúcar e umas 10 colheres de leite. Tomam-se em jejum. Duas horas depois, ingerem-se outras 3 colheres de óleo de rícino. Convém não esquecer que esta receita é para adultos.

Lombrigas: se expulsam com doses menores, repetidas de três em três dias e mesmo sem abstenção total de alimentos na véspera. Toma-se o óleo de rícino uma hora após a ingestão das sementes.

As sementes verdes são empregadas pelos homeopatas contra a intensa náusea depois das refeições e contra os vômitos no período da gravidez.

Polpa: Crua ou cozida, serve para preparar cataplasmas emolientes que se aplicam sobre queimaduras do primeiro grau e sobre inflamações externas, furúnculos e antrazes.
É laxante e diurética.

Segundo investigações do Dr. Lakovsky, de Kiev, o purê de abóbora (aqui chamado de “quibebe”), exerce ação diurética bastante acentuada nas enfermidades renais e mesmo nas inflamações graves, crônicas, dos rins. O referido clinico observou que, sob influencia desse vegetal, aumentava a quantidade de urina eliminada, bem como a proporção das matérias solidas contidas na mesma, ao mesmo tempo em que os edemas ou inchaços diminuíam e acabavam desaparecendo, e a reação da urina se tornava alcalina. (Dr. Teófilo L. Ochoa).
A polpa é também alcalinizante, portanto, boa para os que sofrem de artritismo.
É rica em fósforo e é tônica para o cérebro.
É muito rica em globulina, e é boa para o fígado, os rins e os intestinos.
Dá bons resultados, crua, no combate à hidropisia.
Deve ser usada cozida pelos que sofrem de hemorroidas.

Pedúnculos: Triturados e fervidos em agua, empregam-se no preparo de um chá muito bom para curar hemorragias uterinas. Tomam-se varias xicaras por dia.

O mesmo chá, no qual se adiciona uma colher de tremoços moídos, é bom remédio contra a diarreia, a disenteria e a malária.

Valor alimentício.
A abóbora pode ser empregada como integrante de sopas de hortaliças para crianças desde os seis meses de idade.
Incluindo esse vegetal em nossa ração, estamos assegurando à mesma um bom teor de vitamina A.
Crua, pode-se usá-la, em mistura com cenoura, beterraba ou nabo, no preparo de saladas.
Presta-se também na preparação de sucos em conjunto com cenoura, beterraba, tomate, abacate, etc., na centrifuga ou no liquidificador.
Cozida, pode empregar-se juntamente com batatinha, batata doce, mandioca, arroz, feijão, trigo, etc.
Os brotos cozidos servem para saladas ou sopas.
As pontas tenras de aboboreiras (cambuquiras), com milho verde, ralado, dão uma sopa deliciosa, muito usada no Brasil. O Prof. Dr. Deodato de Morais alega que essas pontas tem propriedades estomáquicas notáveis.
A flor pode ser preparada a milanesa.
As sementes, descascadas e ligeiramente tostadas, comidas com pão integral, pela manhã, são mui nutritivas. Podem também ser usadas com nozes, coco ou amendoim. É um alimento reconstituinte para crianças desnutridas, débeis, raquíticas.

fonte:As hortaliças na medicina doméstica (A.Balbach)
imagem:www.mulher.com.br
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