A cárie é um dos problemas de saúde pública mais graves no Ceará, onde só 38,16% dos jovens com 18 anos conservam todos os dentes. Mas a prevenção e o combate à cárie e gengivite ganham um reforço revolucionário com o óleo essencial da planta alecrim-pimenta. Desenvolvida nos departamentos de Saúde Comunitária, Farmacologia, Biologia, Farmácia e Química Orgânica da Universidade Federal do Ceará (UFC), a pesquisa comprovou a eficácia e segurança no combate à doença.
Aécio Santiago
O dentista pernambucano, radicado no Ceará desde os 10 anos de idade, Marco Antônio Botelho, 37 anos, comprovou clínica e laboratorialmente, através da tese de doutorado, a eficácia do alecrim-pimenta no combate às cáries.
Trata-se de um antisséptico eficaz, composto sem álcool, elemento utilizado convencionalmente nos antissépticos do mercado. Em outras palavras, isso quer dizer que o uso do alecrim poderá se disseminar e beneficiar de modo rápido, seguro e barato milhões de pessoas em todo o País, principalmente na Região Nordeste onde o problema é mais grave.
Em poucos dias, a tese poderá ser publicada no jornal de maior credibilidade da área, o “Journal of Periodontology”, dos Estados Unidos, o que significa que passou por uma rigorosa observação de pelo menos cinco revisores, que avaliam, contestam, questionam e só depois de muito questionamento acerca do método e do rigor aplicado na pesquisa dão o aval para a publicação.
A descoberta científica, inédita no Brasil e no mundo, foi realizada em parceria com a Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, e foi testada em 81pessoas, de 16 a 65 anos de idade do Morro Sandras, na Favela Vicente Pinzón, em Fortaleza, com métodos rigorosos e que, em breve, poderão ser respaldados quando o produto começar a ser comercializado, de forma pioneira no Ceará, e beneficiar imediatamente milhões de pessoas, principalmente aquelas residentes em áreas carentes da Capital e do Interior.
O estudo, que resulta da tese de doutorado, será apresentado nos Estados Unidos no próximo ano, alcançando repercussão mundial.
PESQUISA — Foi retirada uma amostra da saliva dos pacientes contendo determinada quantidade de bactérias. após uma semana acompanhando e monitorando os pacientes, e um mês de estudos e observações em laboratório, com realização de bochechos duas vezes ao dia, e sem uso de nenhum antisséptico bucal, comprovou-se a ação antibacteriana do produto.
O índice de eficácia no combate à cárie depois da aplicação do óleo do alecrim foi de 70%. Em 1991, Marco Botelho foi o vencedor do Prêmio Nacional Kolynos, pelo trabalho desenvolvido com o uso da planta alecrim- pimenta no combate à cárie. Naquele momento, o experimento também utilizava o pó de juazeiro; que apresentava como característica principal atividade espumante, e a placa bacteriana era melhor removida. Associada ao creme dental que foi desenvolvido, foi adicionado o alecrim, conferindo ao produto uma forte atividade antibacteriana.
À época, o prêmio despertou o pesquisador para aprofundar os estudos sobre a eficácia da planta e as reações adversas como antisséptico bucal. ‘‘Era preciso comprovar a ação em laboratório. A maioria dos antisspéticos bucais contém alto teor de álcool’’, explicou.
O grande feito da pesquisa foi, justamente, descobrir uma solução sem álcool, com atividade antibacteriana e antifúngica presentes no alecrim e sem a ação irritante provocada pelos antissépticos convencionais.
Trata-se de um antisséptico eficaz, composto sem álcool, elemento utilizado convencionalmente nos antissépticos do mercado. Em outras palavras, isso quer dizer que o uso do alecrim poderá se disseminar e beneficiar de modo rápido, seguro e barato milhões de pessoas em todo o País, principalmente na Região Nordeste onde o problema é mais grave.
Em poucos dias, a tese poderá ser publicada no jornal de maior credibilidade da área, o “Journal of Periodontology”, dos Estados Unidos, o que significa que passou por uma rigorosa observação de pelo menos cinco revisores, que avaliam, contestam, questionam e só depois de muito questionamento acerca do método e do rigor aplicado na pesquisa dão o aval para a publicação.
A descoberta científica, inédita no Brasil e no mundo, foi realizada em parceria com a Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, e foi testada em 81pessoas, de 16 a 65 anos de idade do Morro Sandras, na Favela Vicente Pinzón, em Fortaleza, com métodos rigorosos e que, em breve, poderão ser respaldados quando o produto começar a ser comercializado, de forma pioneira no Ceará, e beneficiar imediatamente milhões de pessoas, principalmente aquelas residentes em áreas carentes da Capital e do Interior.
O estudo, que resulta da tese de doutorado, será apresentado nos Estados Unidos no próximo ano, alcançando repercussão mundial.
PESQUISA — Foi retirada uma amostra da saliva dos pacientes contendo determinada quantidade de bactérias. após uma semana acompanhando e monitorando os pacientes, e um mês de estudos e observações em laboratório, com realização de bochechos duas vezes ao dia, e sem uso de nenhum antisséptico bucal, comprovou-se a ação antibacteriana do produto.
O índice de eficácia no combate à cárie depois da aplicação do óleo do alecrim foi de 70%. Em 1991, Marco Botelho foi o vencedor do Prêmio Nacional Kolynos, pelo trabalho desenvolvido com o uso da planta alecrim- pimenta no combate à cárie. Naquele momento, o experimento também utilizava o pó de juazeiro; que apresentava como característica principal atividade espumante, e a placa bacteriana era melhor removida. Associada ao creme dental que foi desenvolvido, foi adicionado o alecrim, conferindo ao produto uma forte atividade antibacteriana.
À época, o prêmio despertou o pesquisador para aprofundar os estudos sobre a eficácia da planta e as reações adversas como antisséptico bucal. ‘‘Era preciso comprovar a ação em laboratório. A maioria dos antisspéticos bucais contém alto teor de álcool’’, explicou.
O grande feito da pesquisa foi, justamente, descobrir uma solução sem álcool, com atividade antibacteriana e antifúngica presentes no alecrim e sem a ação irritante provocada pelos antissépticos convencionais.
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