Morangos melhoram desempenho de glóbulos vermelhos
Por Lais
Os morangos aumentam a resposta dos glóbulos vermelhos do sangue perante o stress oxidativo, que ocorre em algumas situações patológicas – tais como doença cardiovascular, cancer ou diabetes – e fisiológicas – como nascimento, envelhecimento ou exercício físico -, revela um estudo publicado na revista “Food Chemistry”.
Nesta investigação realizada por cientistas da Universidade Politécnica de Marche, na Itália, e da Universidade de Granada, em Espanha, um grupo de voluntários ingeriu meio quilo de morangos da variedade Sveva todos os dias durante duas semanas para demonstrar que o consumo regular da fruta melhora a capacidade antioxidante do sangue.
Embora os cientistas já tivessem tentado confirmar a capacidade antioxidante dos morangos em experiências laboratoriais in vitro, agora conseguiram demonstrá-lo in vivo.
Ao longo do período em que 12 voluntários saudáveis ingeriram durante o dia 500 gramas de morangos, foram recolhidas amostras de sangue, sendo que o mesmo processo foi repetido um mês após esta pesquisa.
Os resultados revelam que o consumo regular da fruta pode melhorar a capacidade antioxidante do plasma sanguíneo e a resistência dos glóbulos vermelhos à fragmentação oxidativa. “Percebemos que algumas variedades de morangos tornam os eritrócitos – glóbulos vermelhos – mais resistentes ao stress oxidativo. Este fato pode ser de grande importância, se considerarmos que esse fenómeno pode conduzir a doenças graves”, explicou o líder do estudo, Maurizio Battino.
A equipe analisa, agora, as variações causadas pela ingestão de quantidades menores de morangos, pois o consumo médio tende a ser o equivalente a uma tigela de 150 ou 200 gramas por dia. “O importante é que façam parte de uma dieta saudável e equilibrada, dentro das cinco porções diárias de frutas e legumes“, apontou o cientista.
Os morangos apresentam grande quantidade de compostos fenólicos, como os flavonóides, que diminuem o stress oxidativo que, para além de ocorrer em situações patológias e fisiológicas, dá-se no confronto entre “tipos reativos do oxigénio” – em particular, os radicais livres – e as defesas antioxidantes do organismo.