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terça-feira, 8 de julho de 2008

Açai, o maná da Amazônia





Por: Annamaria Barbosa Rodrigues

Sem dúvida, o açaí é uma das palmeiras mais típicas do Pará, onde, seguramente, tem o seu indigenato. Sua maior ocorrência é no estuário do Rio Amazonas, mormente em terrenos de várzea, nos igapós e, também, em terra firme, sendo encontrada, muitas vezes, em formações quase puras ocupando, por isso, ao lado do miriti (ou buriti) o primeiro lugar na exótica e exuberante paisagem amazônica.

Indiscutivelmente, dada a sua importância alimentar que atinge a todas as classes sociais, máxime as de baixa e média rendas, o açaí disseminou-se por toda a região, abrangendo a área que compreende o Estado do Maranhão, onde é mais conhecido pelo nome de “Jussara”, atingindo as Guianas, varando pelo território venezuelano e alcançando outros países circunvizinhos.



No Estado do Amazonas, referência especial à Bacia do Solimões, o seu cultivo é grande e, em decorrência disso, é, ali, conhecido como “açaí-de-planta”, quer dizer, por não existir em estado natural, mas através do cultivo. À guisa de ilustração: para o caboclo, tudo aquilo que é cultivado é chamado de “planta” e o que nasce, espontaneamente, é chamado de “pé”.



Destarte, são encontradas na grande Amazônia geográfica 49 espécies dessa palmeira sendo 19 na Colômbia; 9 no Brasil; 8 na Venezuela; 3 na Bolívia e, em outros países variando de uma a duas espécies. Entretanto, nenhuma dessas supera a excepcional qualidade da nossa Euterpe Oleracea, tanto no que toca às suas características botânicas, isto é, na perfilhação das plantas e na produção de frutos, como também, economicamente falando, na importância, para a região, no fornecimento de matéria-prima para as indústrias de palmito. Aliás, a nossa palmeira não está seriamente ameaçada de extinção, por dois motivos: 1º) porque a natureza é pródiga e o açaí possui uma extraordinária capacidade de regenerar-se. Daí, compreendemos que nossa palmeira está livre dessa terrível ameaça, a partir, primordialmente, do bom senso dos que a exploram. Segundo, porque não só o paraense, mas o nativo da região, de um modo abrangente, tendo consciência do perigo a que são expostos os açaizais, à sua maneira, defende, galhardamente, sua principal fonte de alimento. Assim, nas propriedades rurais, nos simples quintais caseiros e rodeando as habitações ribeirinhas, a incidência de açaizeiros é grande, porque o cultivo é feito por nós com extremado carinho. No quintal da casa da autora deste texto, por exemplo, existem, contadas, 61 palmeiras adultas de açaí, sem mencionar os “filhotes” que .pululam ao redor de cada aglomerado. E, nesses lugares, com toda a certeza, o palmiteiro é "persona non grata".

O açaizeiro frutifica o ano todo, embora o período de maior abundância vá de julho a dezembro, ocasião em que as chuvas são menos freqüentes. Ideal é apanhar o açaí quando os frutos estão “tuíras” (no ponto de maturação); estando, ainda, “taróis”, isto é, verdoengos, não dão bom vinho.

Depois de amassado mecanicamente ou no modo artesanal (o que ainda é comum no interior do Estado), o açaí é servido com farinha de mandioca ou tapioca, acompanhado de peixe frito ou camarão.

Depois de amassado quer mecânica quer artesanalmente toma-se o açaí com farinha de mandioca e/ou tapioca; com ou sem açúcar, gelado ou natural, acompanhado ou não de peixe frito ou assado na brasa; de camarão seco, enfim, a gosto de cada um.



O mingau é excelente e é feito com farinha de tapioca ao qual, após, acrescenta-se o açaí, de preferência azedo. É utilizado na feitura de sorvetes, picolés, etc. O licor é muito bom, sendo apreciado pelos mais exigentes paladares.

O açaí também tem sua coreografia. Vários grupos parafolclóricos apresentam a dança do açai, homenageando o fruto que é o próprio símbolo do Pará.

Complemento básico na alimentação do paraense, da capital e do interior, do amazônida de um modo geral, é, na maioria das vezes, prato principal. Entretanto, por ser tão gostoso, gradativamente vai conquistando o seu lugar entre as sobremesas de banquetes e recepções finas bem como pontificando nos principais restaurantes. Apresentamos, na página anterior, uma receita de pudim de açaí com creme, que obteve o 3º lugar no Concurso de Doces e Sobremesas da Amazônia, que foi promovido pela revista Troppo,do jornal “O Liberal”, elaborada pela concorrente, sra. Rosa Monteiro Brito.

O sorvete é uma das formas de se degustar o açai. Pode ser puro ou adicionando-se a tapioca (nesse caso o nome do sorvete é paraense.Ao contrário do que muita gente pensa, o açaí é “um alimento essencialmente energético, com um valor calórico superior ao do leite e um teor de lipídios duplo deste”. Além disso, o teor de minerais tais como o cálcio, o fósforo e o ferro, é impor-tante, também.



Num estudo biológico feito em ratos, visando a cura, foi evidenciada a presença de vitamina “A” e Calzavara aborda todos os aspectos do açaí, com um destaque especial para a importância econômica, ecológica, aspectos fitotécnicos e métodos de cultura num amplo estudo que realizou, em 1972, transcrevendo, também, nessa obra, em torno de uma dezena de resultados relativos à composição química do açaí, produto da pesquisa de vários estudiosos do assunto.



Receita de pudim de açaí
Ingredientes:

• 2 colheres (de sopa) de maizena; 2 latas de leite condensado; 2 latas de creme de leite; 6 ovos; 1 medida (da lata de leite condensado) de açaí bem grosso; 1 colher de manteiga e 5 gotas de baunilha.

Como fazer

• Bater no liqüidificador o leite, os ovos, a medida de açaí e a baunilha. Colocar em uma forma caramelada com mel Karo e levar ao fogo, em banho-maria, até ganhar consistência.

Como fazer o creme

• Levar ao fogo 2 latas de leite condensado, 2 latas de creme de leite, 1 medida de açaí bem grosso, 2 colheres (de sopa) de maizena esperando engrossar, mexendo sempre. Desenformar o pudim depois de frio, cobri-lo com o creme e enfeitar com cerejas.

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