Cientistas australianos encontraram árvores em áreas preenchidas com grande quantidade de partículas carregadas – íons, tanto positivos quanto negativos.
Os níveis eram duas vezes mais altos em áreas arborizadas e com raízes muito profundas, como os eucaliptos.
Os pesquisadores da Queensland University of Techonology não acreditam que os íons sejam prejudiciais à saúde. Os pesquisadores já acreditavam que existisse uma ligação entre as árvores e a eletricidade na atmosfera, mas foram incapazes de provar esta associação.
Mas agora os cientistas conseguiram demonstrar que as concentrações de íons positivos e negativos na atmosfera eram duas vezes maiores e mais densas na área florestal em comparação com regiões de capim.
O pesquisador Dr. Rohan Jayaratne disse que o fato poderia ser explicado pela radiação do gás radônio. Este gás é um subproduto do decaimento radioativo de rádio, que é exalado pelo chão. As árvores atuariam como bombas, trazendo o gás para a superfície, liberando-o.
“O rádio é encontrado em rochas e o radônio é solúvel em água. Locais com água subterrânea são particularmente ricas em radônio”, comentou o Jayaratne. O cientista salientou que as plantas liberariam o gás através da transpiração das folhas. Segundo ele, a eletricidade seria mais comum em árvores com sistemas radiculares muito profundos, como o eucalipto.
Em um artigo escrito na revista Environmental Science and Technology, os pesquisadores estimam que em florestas de eucalipto, 37% do gás radônio encontrado derivam da transpiração das árvores.
Os íons carregados poderiam ter implicações para a saúde, embora não se acredite neste potencial. “Mesmo que haja uma relação estabelecida entre as partículas do ar e da saúde humana, o papel dos íons é praticamente desconhecido”, comentou Jayaratne.
Osmairo Valverde da redação de Brasília
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário